Na comemoração dos 49 anos do PS, Costa avisa: “os partidos não são eternos”

António Cotrim / Lusa

Os 49 anos do PS têm uma identidade que “é muito importante não esquecer”, salientou o secretário-geral do partido, que prometeu permanecer até 2026.

António Costa reuniu o partido na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, para comemorar, com um dia de atraso, os 49 anos do PS.

Salientando que os “partidos não são eternos“, o secretário-geral socialista avisou que há que “ser capaz de acompanhar a evolução da sociedade”, garantindo que irá assumir o compromisso atual até 2026.

“Ao contrário do que muitos pensam os partidos não são eternos e não faltam partidos irmãos do PS que, infelizmente, já provaram na sua história e provam-no recentemente, que os partidos não são eternos”, referiu, sem dizer quais são esses partidos.

O aviso fica, assim, dado: “para os partidos persistirem e continuarem a ser representativos da sociedade têm de ser capazes de acompanhar a evolução desta sociedade”.

Segundo a Renascença, o também primeiro-ministro salientou que o PS soube ir “exercendo a responsabilidade que os portugueses lhe confiaram” e, ao mesmo tempo, “soube também ir mantendo sempre aberto o debate no conjunto da esquerda“.

O património “daqueles que de 1976 até cá fizeram percursos diversos e confluíram no PS, o grande partido da liberdade, da democracia, do socialismo, da democracia cristã e de muitos valores”, disse, pedindo para não se esquecer a tal identidade. “Podemos orgulhar-nos disso.”

Uma maior responsabilidade é inerente à maioria absoluta, mas acrescem ainda as “dificuldades inesperadas“. Hoje, as dificuldades são mais imediatas e “transcendem a nossa capacidade”, como é o caso da guerra na Ucrânia – “uma dificuldade nova” e que “desafia diariamente” a vida de todos depois da pandemia de covid-19.

António Costa não esconde que o conflito “vem agravar a situação de recuperação difícil” que o país já estava a ter depois de dois anos de pandemia e admite mesmo: “Este não foi o cenário com que nós sonhámos“.

Ainda assim, frisou que “quem governa, não governa só para os seus desejos, mas em função da realidade que tem pela frente”. Neste sentido, é preciso o PS “ter a responsabilidade de assumir” o mandato que foi “confiado pelos portugueses”.

Em relação ao Orçamento do Estado para 2022, o socialista assegurou que será para cumprir, mesmo depois de as “circunstâncias terem mudado” e perante as críticas da oposição.

Já quanto “às novas gerações” do PS, Costa tem a certeza de “que serão ainda mais capazes do que foram as anteriores e presentes gerações para darem continuidade ao partido”.

ZAP //

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