Antiga ministra será apenas deputada na bancada parlamentar do PS na presente legislatura.
Alexandra Leitão, antiga ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, tentou dar como encerrada a polémica em torno da sua não integração no novo executivo de António Costa, após o Ministério que dirigia ter sido extinto — uma decisão da qual afirmou não discordar. Para a sua exclusão, tanto do Governo como do secretariado do PS, ao qual pertenceu durante quatro anos, não dá qualquer explicação e diz não fazer nenhuma “interpretação especial“.
“Não tenho que perceber. As decisões são do primeiro-ministro, é o seu Governo. Nunca escondi a disponibilidade, mas naturalmente que estas coisas não se esperam nem se planeiam. Mostramos disponibilidade, consideramos que podemos ser úteis ou não e depois, com toda a normalidade, aceitamos — como temos que aceitar — as escolhas do chefe do Governo, sem nenhum tipo de ressentimento.”
Já sobre a alegada recusa de ocupar o cargo de líder parlamentar do PS, evocou “razões estritamente pessoais“, dizendo apenas que assume “com gosto e sentido de dever o lugar de deputada” e esclarecendo que o que a move “é ser o mais útil possível ao grupo parlamentar do PS nas tarefas que o líder parlamentar me entenda distribuir e considere que eu seja útil”.
Numa análise à sua passagem pelo Governo, em que desempenhou funções de secretária de Estado da Educação e ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão recorda a primeira fase como “quatro anos de grande trabalho, mas também de muita satisfação pessoal, profissional”. Já no que respeita aos últimos dois anos, considerou-os “muito diferentes”.
“Assumi o cargo de ministra numa pasta eventualmente menos de front-office, digamos assim. E o segundo mandato é muito marcado pela pandemia. O Governo toma posse em outubro e a pandemia instala-se a partir de fevereiro. Isso marca indelevelmente o mandato de todo o XXII Governo.”
A antiga ministra abordou ainda a extinção do ministério que dirigia, dizendo que não acha mal tal opção. “Não acho que a questão de haver um ministério autónomo seja essencial. Portanto, não discordo. O que é importante é que as áreas da administração pública — e estou mesmo a falar em carreiras, valorização dos profissionais — tenha um enfoque que não seja estritamente financeiro.”
Finalmente, uma das frases mais marcantes da sua entrevista ao Público foi a admissão de que ser uma mulher assertiva na política é algo prejudicial. “Um homem quando é assertivo, ou até um pouco mais duro, faz parte de uma certa postura de força. […] Sim, acho que uma certa veemência, uma maior assertividade de uma mulher na política, como em geral na vida, é-lhe mais prejudicial do que o mesmo nível de assertividade num homem.”
Vê-se que Alexandra está magoada e que, muito justamente, não aceitou ser porta voz de um partido que considerou o seu trabalho desnecessário! De facto, em certas situações, não se pode ser mulher competente, faz confusão ao sexo oposto. Mulheres, como a ministra da agricultura, a quem nunca ouvimos a voz é que devem continuar, a não fazer nada, no governo porque não fazem sombra a ninguém! É a já nossa conhecida promoção da incompetência que dá jeito a tanta gente!
O seu texto assenta como uma luva. As verdades são para ser ditas! Estou completamente de acordo com o que diz, e, parece que de futuro “quem não está com o meu pensamento , AC, só terá um caminho é mudar a pessoa que foi o que aconteceu”!
Eu acho que o problema da Alexandra Leitão (e não tenho particular simpatia pela pessoa, que nem sequer conheço) é, além da assertividade em excesso a diminuta telegenia…. Dá má imagem! (sarcasmo de novo!)
Já cá faltava o choradinho… só é pena ela ter dito exactamente o contrário disso!!
A ministra da agricultura? Como ousa a Senhora criticar aquela sumidade. O seu trabalho de excelência na CM de Abrantes que lhe abriu as portas do Governo é visível da Lua… (sarcasmo, bem entendido!)
Era uma vez a Xana comunista/bloquista, responsável pelo despedimento de milhares de professores dos colégios privados, impedindo-os de concorrer em iguais circunstancias com os profs do público… quando eram também pagos pelo estado.
Que visitava essas mesmas instituições com ar superior e trotskista e que sorria com o cheiro a terra queimada.
Cara Maria indignada, estou em total acordo consigo. A ex ministra AL, nunca deveria sair do governo. É uma pessoa muito competente, acho até que a pasta que tem a Mariana Siva, assentava mais à AL.
Se uma vez a Xana incomodava muita gente, duas vezes a Xana incomodava muito mais!!!
Coitada, que ingénua, não percebe a dança dos tachos…
Não entendo! Mas os professores do privado também são pagos pelo estado? Mas os donos dos colégios privados muitos não acharão que há estado a mais? Pois é …mas dá-lhes jeito quando se trata de pagar os salários de alguns professores que são das suas escolas o que tem a ver com a tal treta dos cheques ensino tão propagada pelo Paulo Portas!! Por isso é que a ministra Alexandra teve que acabar a sua acção protectora do estado que afinal somos todos nós!! E essa dos pais terem liberdade de escolherem os colégios dos filhos não lembra ao diabo!