Pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afetadas por desastres naturais na atual época das chuvas em Moçambique, segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique.
O maior número de óbitos foi registado em Nampula (62), seguida da Zambézia (42) e Tete (10), no norte e centro de Moçambique, algumas das províncias mais afetadas por tempestades tropicais e pelo ciclone Gombe, entre 11 e 19 de março, e pela tempestade Ana, em janeiro.
Segundo o INGD, o desabamento de paredes, arrastamento pelas águas, relâmpagos, incêndios e queimadas descontroladas, queda de árvores e eletrocussão, estão entre as principais causas das mortes.
Do total de 762.523 pessoas afetadas, que correspondem a 151.331 famílias, 333 ficaram feridas, em consequência das intempéries que se registam em Moçambique desde outubro.
A atual época das chuvas causou ainda a destruição parcial e total de 135.860 casas e inundação de outras 26.231, além de destruir também 3.843 salas de aulas de construção precária e convencional, afetando 468.116 alunos, 8.304 professores e 1.700 escolas.
Segundo as autoridades, o mau tempo afetou ainda 103 unidades hospitalares, danificou 2.965 postes de energia, 644 casas de culto, 6.300 quilómetros de estrada, 19 pontes, entre outras infraestruturas.
As regiões norte e centro de Moçambique estiveram, entre 11 e 19 de março, sob chuvas intensas causadas pelo ciclone Gombe e pela depressão tropical que lhe sucedeu.
O ciclone Gombe provocou 59 mortos e 82 feridos, sobretudo na província de Nampula, a norte, em muitos casos devido ao desabamento de casas construídas com material tradicional (argila e caniço), segundo dados oficiais.
Moçambique enfrenta anualmente várias tempestades durante a época ciclónica e chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
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