Morreu Artur Albarran

Artur Albarran / Facebook

Artur Albarran

Antigo apresentador e jornalista não resistiu a um cancro. Estava afastado da televisão há mais de uma década.

“A tragédia, o drama, o horror” – a frase que Artur Albarran colocou na boca de milhares de portugueses. Artur Albarran morreu nesta terça-feira, aos 69 anos, vítima de cancro.

Criado em Moçambique, mudou-se para Portugal aos 18 anos. O seu percurso na comunicação começou na rádio, ainda durante a ditadura.

Por motivos políticos – elemento do Partido Revolucionário do Proletariado – mudou-se para França. Em Inglaterra trabalhou na BBC, passou por Estados Unidos da América e Brasil, até que voltou a Portugal em 1980.

Esteve na RTP, criou o programa ‘Grande reportagem’, foi chefe de redacção e foi repórter na Guerra do Golfo. Dois anos depois, em 1993, foi um dos primeiros jornalistas na TVI.

Já na SIC, a partir de 1996, deixou um pouco de lado o mundo da informação e passou a apresentar programas de entretenimento – o ‘Imagens reais’ trouxe a frase citada no início deste artigo.

Envolveu-se também em negócios mas a empresa que representava, a EuroAmer, faliu. Albarran começou a ter problemas legais relacionados com burla e abuso de confiança, mas o caso foi arquivado.

Ainda voltou à SIC em 2008, com o formato ‘O mundo é pequeno’, mas estava afastado da comunicação social há mais de uma década.

Os problemas de saúde começaram a surgir. Passou por uma leucemia, por um transplante de medula óssea; por um caso grave de coronavírus e por uma meningite, mais recentemente.

Já depois de uma primeira batalha contra o cancro, não resistiu a esta segunda luta.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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