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Ano “negro” para o sector, tal como aconteceu em Portugal. Relatório da UNESCO avisa que é preciso repensar as políticas para a criatividade.
Desde os primeiros dias em que vivemos “fechados” por causa do coronavírus, reparamos que a cultura seria um dos sectores mais afectados devido à COVID-19.
Concertos cancelados – e inexistentes durante meses – exposições que nunca chegaram a acontecer, peças de teatro anuladas e outros eventos que, de repente, soube-se que nunca seriam realizados.
Este era o cenário em Portugal e, sem surpresa, o cenário “negro” espalhou-se para muitos outros países.
Nesta terça-feira a UNESCO, o organismo da Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura, publicou um relatório no qual pede novas políticas para a criatividade. Porque a cultura é um “bem público global”.
Os números não enganam: só em 2020, o primeiro ano completo da pandemia, cerca de 10 milhões de pessoas ligadas à cultura ficaram desempregadas, em todo o mundo.
A queda financeira nos rendimentos dos profissionais e nas instituições da cultura superou os mil milhões de euros.
Audrey Azoulay, director-geral da UNESCO, deixou dois alertas: “O que já era uma situação precária para muitos artistas tornou-se insustentável. Está em causa a subsistência de milhões de pessoas e a diversidade criativa”.
Por causa da pandemia, a cultura sofreu “mais danos do que em qualquer outra crise anterior”, acrescentou o investigador Jordi Baltà Portolés.
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Falta definir o que é cultura…