Partido Republicano considera ataque ao Capitólio uma “expressão política legítima” e sanciona congressistas que o investigam

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Jim Lo Scalzo / EPA

Votação confirma o poder e influência que Donald Trump ainda detém e exerce no Partido Republicano, um ano após ter saído da Casa Branca.

O Partido Republicano norte-americano aprovou esta sexta-feira uma moção de censura contra os dois congressistas que investigam o papel de Donald Trump no ataque ao Capitólio e considerou os protestos daquele dia como uma “expressão política legítima”.

Liz Cheney e Adam Kinzinger são os dois únicos republicanos que integram a comissão de investigação da Câmara dos Representantes que procura esclarecer o papel do ex-presidente durante o ataque ao Congresso, por apoiantes deste, em 6 de janeiro de 2021.

O partido conservador está reunido no estado de Utah e aprovou uma moção de censura, principalmente simbólica, acusando os dois congressistas de comportamento “destrutivo para a Câmara de Deputados, o Partido Republicano e para a República”. Em paralelo, os republicanos referiram esta sexta-feira que os protestos de 6 de janeiro, que alguns democratas apelidaram como ato de terrorismo, foram uma “expressão política legítima”.

Esta votação confirma mais uma vez a considerável influência que Donald Trump mantém no partido, mais de um ano depois de ter sido derrotado nas eleições por Biden. O magnata tem acusado repetidamente Liz Cheney, que se tornou uma das suas maiores inimigas no Congresso norte-americano, de ser “desleal e belicista”.

Trump tinha também anunciado em setembro que apoiaria um rival desta nas primárias republicanas para impedi-la de ser reeleita nas eleições intercalares, que decorrem em menos de um ano. Liz Cheney acusou “os líderes do Partido Republicano de se tornarem reféns de um homem que admite tentar derrubar uma eleição presidencial”.

Nos bastidores, várias figuras dos republicanos, como o ex-presidente George W. Bush, já fizeram donativos para a campanha de reeleição de Liz Cheney. Outras figuras moderadas do partido criticaram a votação de sexta-feira. “A vergonha recai sobre um partido que censura pessoas que procuram a verdade”, referiu o senador Mitt Romney.

// Lusa

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6 Comments

    • Uma coisa è expressão livre – ex. manifestações – outra é a invasão e o ataque físico e violento às instituições.
      Isso é um golpe de estado.
      A nós, portugueses, correu bem: destituiu-se uma ditadura e instituiu-se a democracia.
      No caso dos ‘camones’ seria o contrario: destituir a democracia e instituir uma ditadura.

      Em geral e independentemente de qual seja o país, estamos de acordo que “está certo” poder atacar e destruir as instituições – quando estamos em minoria – porque a democracia nos deve garantir a liberdade de o fazer?

      È uma pergunta…..

      • ????
        Invasão? Ataque físico violento?
        Esta a falar do capitólio?

        Aquela entrada no capitólio foi ainda mais leve que a nossa revolução de 25.

        E se fosse de facto uma insurreição, tento em conta a fraca resistência, teria sido bem sucedida
        Aquilo foi antes uma excursão acompanhada pela policia e “maioritariamente pacifica”

        Não pacificas foram as manifestações BLM, viram-se roubos , mortes e destruição de propriedade.
        gratuita e sem fundamento.

        Andas a ouvir demasiada CNN, que é tão boa tão boa que já perdeu diversos pivots e agora o seu presidente.

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