“É um dia difícil e um mau resultado”. As palavras são da coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, prevendo que “o PS terá uma maioria absoluta” e lamentando o resultado “da extrema-direta e do Chega”.
“Um deputado racista eleito, é um deputado racista a mais”, considerou Catarina Martins na sua declaração na noite eleitoral que ficará marcada por uma queda significativa do BE, com a perda de vários deputados no Parlamento.
“É um dia difícil e um mau resultado com que saberemos viver e saberemos responder ao nosso mandato”, vincou a líder bloquista.
Catarina Martins também sublinhou que o BE deve agora tomar “as suas decisões” e que a direcção do partido “assumirá todas as suas responsabilidades”.
“Tomaremos todas as decisões que os militantes achem por bem tomar na vida do partido”, reforçou ainda.
A coordenadora do BE também salientou que o chumbo do seu partido ao Orçamento de Estado para 2022, o que acabou por levar a estas eleições antecipadas, “nunca foi táctica eleitoral”. Realçando que o Orçamento “não era bom”, Catarina Martins notou que os partidos “não podem mudar de convicção como quem muda de camisa por causa de resultados eleitorais”.
“Ao que tudo indica, o Partido Socialista terá maioria absoluta“, assumiu ainda, garantindo que o BE “não faltará ao seu mandato”.
Catarina Martins também referiu que a campanha eleitoral foi “muito dificil”, com “uma bipolarização falsa de voto útil que prejudicou os partidos à esquerda”.
A líder do Bloco também considerou que o “mau resultado” do seu partido é agravado por “cada deputado racista eleito no Parlamento português, que é um deputado racista a mais“. “Cá estaremos para os combater”, prometeu.
Neste sentido, Catarina Martins lamentou o resultado “da extrema-direta e do Chega” que se prepara para se afirmar com a terceira força política no Parlamento.