Alisson foi expulso duas vezes e jogou até ao fim: o “caótico” Equador-Brasil

Lucas Figueiredo/CBF

11 inicial do Brasil, frente ao Equador

Empate a uma bola na qualificação para o Mundial 2022. À meia hora a selecção brasileira já tinha ficado sem dois jogadores. VAR apareceu muitas vezes.

A descrição é feita pelo portal Globoesporte e, de facto, resume o “jogo caótico” desta quinta-feira entre Equador e Brasil, relativo à qualificação para a fase final do Mundial 2022.

Para começar, o resumo “normal”: o jogo terminou empatado a uma bola. Casemiro, ex-FC Porto, foi o autor do primeiro golo; um ressalto dentro da pequena área inaugurou o marcador a favor dos brasileiros. A cerca de um quarto de hora do final, a cabeça de Félix Torres fechou o resultado.

O Brasil, que já está apurado para o Qatar, lidera a qualificação sul-americana com 36 pontos. O Equador continua no terceiro posto com 24 pontos, mas ainda não tem o apuramento garantido.

Mas o jogo foi muito mais do que os dois golos (que valeram). O árbitro colombiano Wilmar Roldán acabou por ser o destaque deste duelo.

Aos 14 minutos, cartão vermelho: o Equador ficou com 10 jogadores em campo porque o guarda-redes Alexander Domínguez foi expulso após falta dura sobre Matheus Cunha. Foi a primeira intervenção do vídeo-árbitro neste jogo.

Aos 19 minutos, cartão vermelho: o brasileiro Emerson Royal já tinha visto o amarelo logo na primeira jogada do duelo, viu pela segunda vez e assim ficaram 20 futebolistas em campo.

Alisson, guarda-redes brasileiro, foi expulso pouco depois destas duas situações. Um choque com Enner Valencia, nova intervenção do VAR e vermelho anulado; cartão amarelo para o guarda-redes.

Entretanto, o seleccionador Tite já tinha alterado os planos duas vezes em pouco mais de meia hora: além da expulsão de Emerson, Coutinho saiu lesionado aos 32 minutos.

Durante a segunda parte, mais duas aparições prolongadas do VAR, ambas para anular grandes penalidades a favor do Equador. O primeiro por alegada falta de Raphinha e o segundo por alegada falta de Alisson – que viu novamente um cartão vermelho ser anulado, porque nem era falta.

O guarda-redes do Brasil conseguiu algo que será raro no futebol: foi expulso duas vezes durante um jogo e continuou em campo até ao final.

E houve 20 minutos de compensação: 10 na primeira parte, 10 na segunda.

No meio disto tudo, cenas habituais em duelos na América do Sul: protestos, empurrões, gritos, pressão sobre o árbitro…

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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