Governo português reconhece que o futuro da TAP deverá passar pela sua ligação a outras companhias aéreas, no entanto, a prioridade será assegurar a sua identidade e futuro.
Depois de Pedro Nuno Santos ter levantado o véu e revelado que existem seis interessados em comprar a TAP — três grupos de aviação e três fundos —, já se começam a alinhar os possíveis nomes em causa, tudo no campo da especulação, mas com base nos sinais anteriormente por estes mesmos grupos. Lufthansa, Air France/KLM e Iberia/British Airways são as mais bem colocadas, tendo já existido conversas exploratórias.
De acordo com o Expresso, o interesse da Lufthansa é antigo, ao passo que as duas outras candidatas posicionaram-se mais recentemente — assim como a Turkish Airlines, apesar de a escolha do Governo português, que já assumiu que a TAP sozinha não poderá sobreviver, deverá recair sobre um dos grupos europeus. O critério mais importante para a escolha será a empresa que mais garantirá os interesses da TAP e dê à companhia portuguesa espaço de manobra, ou seja, manter as rotas que normalmente opera e os passageiros.
Neste sentido, nota o semanário, a Lufthansa parte com vantagem, face à sua intenção de manter o hub, mas também a longa relação com a TAP, com as duas companhias a operarem muitos voos partilhados. Do lado do grupo Air France/KLM, os defensores desta opção sublinham o facto de também a capital portuguesa se manter como hub e a companhia portuguesa não perder a manutenção — que no caso da Lufthansa se mantém na Alemanha.
Primeiros 530 milhões chegam esta semana
João Leão, afirmou hoje que a TAP vai receber já na próxima semana uma injeção de cerca de 530 milhões de euros, depois de Bruxelas ter dado ‘luz verde’ ao plano de reestruturação da transportadora. Após o “sucesso da aprovação” do programa de reestruturação, “vamos agora, na próxima semana, injetar mais cerca de 530 milhões de euros na TAP”, disse hoje o ministro as Finanças, confirmando o valor que tinha sido avançado pelo jornal digital Eco.
A nova injeção na TAP, prevista para a próxima semana, é mais um fator que justifica a diferença de resultados no quarto trimestre de 2021 face ao anterior. “Estes 530 milhões de euros [de injeção na TAP] também ajudam a explicar porque é que no quarto trimestre deste ano o desempenho das contas públicas vai ser diferente deste terceiro trimestre”, disse o ministro, assegurando: “No final do ano vamos cumprir mais uma” vez a meta definida do défice.
Esta terça-feira, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, esclareceu que os apoios à TAP atingirão o limite de 3.200 milhões de euros, devido a valores já pagos e a outros que ainda irão ser aprovados.