Cientistas já sabem o que terá levado ao colapso abrupto da cultura Liangzhu, na China, há cerca de 4300 anos.
A cultura Liangzhu foi a última cultura neolítica no delta do rio Yangtze, na China, e o que resta da sua cidade mostra o quão evoluída era para aquela época, destacando-se o seu elaborado sistema de gestão de água.
Até que, há cerca de 4300 anos, esta cultura chinesa entrou misteriosamente em colapso e a antiga cidade, que tinha sido habitada durante quase um milénio, foi abandonada de forma abrupta. Porquê? Nunca se soube com certeza.
Agora, uma equipa de cientistas pensa ter encontrado a resposta: inundações massivas desencadeadas por monções anormalmente intensas.
“Uma fina camada de argila foi encontrada nas ruínas preservadas, o que aponta para uma possível conexão entre o fim desta civilização avançada e as inundações do rio Yangtze ou do Mar da China Oriental. Não foram encontradas evidências de causas humanas, como conflitos bélicos”, explica, em comunicado, Christoph Spötl, diretor do Grupo de Pesquisa Quaternária do Departamento de Geologia da Universidade de Innsbruck, na Áustria.
No novo estudo, publicado a 24 de novembro na revista científica Science Advances, os investigadores analisaram estalagmites das cavernas Shennong e Jiulong, localizadas a sudoeste do local da escavação, pois estas ainda preservam assinaturas químicas das condições climáticas do passado.
“Estas cavernas têm sido exploradas há vários anos. Estão localizadas na mesma área afetada pelas monções do sudeste asiático que o delta do Yangtze e as suas estalagmites dão uma visão precisa da altura do colapso da cultura Liangzhu que, segundo descobertas arqueológicas, aconteceu há cerca de 4300 anos”, lembra Spötl.
Os dados das estalagmites mostram que há entre 4345 e 4324 anos houve um período de altíssima precipitação. Esta datação tão precisa foi feita através de análises de urânio-tório na Universidade Jiao Tong, na China.
“Isto é incrivelmente preciso à luz da dimensão temporal. As fortes monções provavelmente levaram a inundações tão severas do Yangtze e dos seus ramos, que mesmo os sofisticados canais não conseguiram suportar essas massas de água, destruindo a cidade de Liangzhu e obrigando as pessoas a fugir,”, conclui o mesmo cientista.
Segundo os investigadores, estas condições climáticas continuaram intermitentemente durante mais 300 anos.
Quando é que aceitarão o fato de que houve um dilúvio global e que pôs termo a uma era.
Uma prova evidente que as alterações climáticas, abruptas, com fenómenos desastrosos frequentes e repetitivos, são uma constante na vida do planeta e que a actividade humana em nada contribuiu para tal.
Mesmo que a actividade humana duplicasse em nocividade, bastaria 1 ano de actividade vulcânica anormal, em alta, para colocar quantidades de gases de efeito de estufa equivalentes a 30 anos de actividade humana.
O que é importante é a sustentabilidade ecológica. O que é importante é a redução do consumo. O que é importante é a redução de resíduos e da pegada ecológica. O que é importante é o controlo demográfico.
Não façam o “Peter cry wolf”.
Chamem as coisas pelo seu nome.
Não se deixem embarcar em ‘modas’ e tentar cavalgar a onda do termos sonantes.
Um dia não há credibilidade para nada, e quando se quiser avisar as pessoas com legitimidade, ninguém vai ouvir.
Subscrevo inteiramente.