Moçambique: população invadiu sede da Frelimo na Beira e queimou carro de dirigente

Robert Talenti / USAF

Centro da cidade da Beira, no norte de Moçambique, em 2000 (foto: Robert Talenti / USAF

Centro da cidade da Beira, no norte de Moçambique, em 2000 (foto: Robert Talenti / USAF

Populares de Munhava, na Beira, onde a Polícia dispersou hoje com tiros e gás lacrimogéneo um comício do MDM, invadiram a sede local da Frelimo e incendiaram a viatura do secretário-geral, Filipe Paunde, disseram hoje à Lusa populares.

“Após o ataque da polícia a população invadiu a sede da Frelimo, a 200 metros do estádio onde foi lançado o gás lacrimogéneo e incendiaram o carro que transportava o secretário-geral (da Frelimo), Filipe Paúnde, que estava reunido no local”, explicou à Lusa Abel Castigo, residente da Munhava.

A polícia antimotim lançou hoje gás lacrimogéneo contra uma multidão do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), concentrada numcampo para o comício de Daviz Simango, presidente do partido e autarca da Beira, no bairro da Munhava, Sofala, centro de Moçambique.

“A confusão está a tomar outra dimensão. A população invadiu a sede e queimou uma viatura e justifica que a presença de Filipe Paúnde, nas imediações do campo onde ia decorrer o comício do MDM terá precipitado a ação da polícia”, disse à Lusa um jornalista no local.

A polícia disparou tiros e lançou gás quando a multidão “vibrou” com a presença no local de Daviz Simango, presidente da terceira força parlamentar moçambicana, “ofuscando” a reunião da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), à escassos metros do local.

“Devia ser algo já premeditado a coincidência da reunião da Frelimo e o comício do MDM numa distância de menos de 200 metros”, disse à Lusa um residente, Ezequiel Hermenegildo.

/Lusa

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