As doses de reforço da vacina contra a covid-19 vão ser administradas a partir da próxima semana a pessoas com mais de 80 anos e utentes de lares e rede de cuidados continuados.
Portugal atingiu uma taxa de vacinação contra a covid-19 “na ordem dos 85%”, disse esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
“A vacinação contra a Covid é inequivocamente um sucesso”, atirou. “Estamos num dos melhores países do mundo, se não mesmo no melhor”.
Diretora-geral da Saúde afirmou, esta sexta-feira, que a vacinação contra a Covid-19 “é inequivocamente um sucesso”, num ponto de situação feito a esta hora sobre a vacinação contra a gripe e contra o novo coronavírus.
— DGS (@DGSaude) October 8, 2021
Para além de Graça Freitas, na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde (DGS), sobre o ponto de situação da vacinação contra a covid-19 e contra a gripe, está ainda presente o responsável pela Unidade de Investigação Epidemiológica do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Baltazar Nunes.
Com quase dois anos de pandemia, a responsável da DGS aludiu para a atual “atividade epidémica ligeira a moderada, o que é muito bom”.
“Sempre tivemos esta interrogação: primeiro saber se a vacina era imunogénica, se nos dá imunidade; depois, quanto tempo é que essa imunidade dura e quanto dura a proteção”, começou por dizer.
“O que os estudos têm indicado é que, de facto, com o passar do tempo, sobretudo nalguns grupos, há uma atenuação desta proteção. Há um decaimento dessa proteção. É bom que se diga que as pessoas não ficam desprotegidas. As pessoas continuam a ter proteção. Não têm é proteção ótima, que nós queremos que elas tenham num contexto pandémico”, continuou.
Baltazar Nunes acrescentou que a “efetividade contra doença sintomática diminui para cerca de 30%, 40% ao fim de 5 meses”.
Como tal, Graça Freitas avançou que já está a ser prepara a administração da terceira dose aos imunodeprimidos.
“Vamos iniciar a terceira dose ou dose de reforço a pessoas com 65 ou mais anos, com prioridade para as pessoas com mais de 80 anos e utentes de lares e rede de cuidados continuados”, adiantou a diretora-geral da Saúde. A administração da dose extra começa na próxima semana.
A norma da DGS será publicada ainda esta sexta-feira, não sendo adiantado para já um dia específico para o início do reforço da vacina. Será preciso esperar 14 dias entre a toma da vacina da covid-19 e a da gripe.
A diretora-geral da Saúde disse que a prioridade da DGS é “reforçar a vacinação dos mais velhos”, não estando para já prevista a dose de reforço para doentes recuperados.
Graça Freitas realçou que a “coadministração” das vacinas da covid-19 e da gripe seria “muito mais cómoda”, mas que para já ainda é só uma vontade. No entanto, espera que em breve, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dê “luz verde” a este procedimento.
Quanto à vacina da gripe, já foram feitas 130 mil inoculações, 60 mil destas em pessoas com 80 ou mais anos. “O país nunca teve tantas vacinas da gripe como neste ano, são mais de três milhões”, adiantou Graça Freitas.