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Estudo mostra como os gatos gostam de ver a sua comida servida

Quando lhes é dado a escolher entre uma refeição grátis ou ter de fazer alguma coisa para a obter, os gatos preferem a opção que exige menos esforço.

À primeira vista, esta não parece ser uma conclusão assim tão surpreendente e até nós humanos, sobretudo naqueles dias em que nos sentimos mais preguiçosos, nos conseguimos identificar.

Porém, foi uma surpresa para os especialistas em comportamento felino, uma vez que a maioria dos animais prefere trabalhar para conseguir a sua comida – um comportamento chamado contra-carregamento.

Um novo estudo de investigadores da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Califórnia, em Davis, mostra que a maioria dos gatos domésticos (Felis catus) escolhe não o fazer e prefere a opção que exige menos esforço.

“Há todo um conjunto de investigações que mostra que a maioria das espécies, incluindo pássaros, roedores, lobos, primatas – até mesmo girafas – prefere trabalhar para conseguir a sua alimentação”, disse, em comunicado, a autora principal do estudo, Mikel Delgado.

“O que é surpreendente é que, de todas estas espécies, os gatos parecem ser os únicos que não mostram uma forte tendência para o contra-carregamento”, acrescentou a especialista em comportamento felino.

No estudo, a equipa de cientistas deu a 17 gatos uma bandeja com comida, que não exigia nenhum esforço, e um chamado “food puzzle”, ou seja, um dispensador de comida que obriga o animal a trabalhar para a conseguir.

“Não é que os gatos nunca usassem o dispensador, mas comiam mais comida da bandeja, passavam mais tempo à volta dela e fizeram mais escolhas iniciais para se aproximar e comer da bandeja do que do dispensador”, explicou Delgado, cujo estudo foi publicado, a 26 de julho, na revista científica Animal Cognition.

Os gatos que participaram no estudo usaram monitores de atividade, o que levou os cientistas a perceber que até mesmo os gatos mais ativos optaram pela opção mais fácil.

Agora, por que motivo os gatos preferem esta opção? Ainda não é possível dizer.

Filipa Mesquita, ZAP //

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