Supertaça. Sporting e Sp. Braga defrontam-se 39 anos depois (e adeptos regressam aos estádios)

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Hugo Delgado / Lusa

Sporting e Sp. Braga lutam este sábado pelo primeiro título da época (e os adeptos já vão estar na bancada). O encontro da 43.ª edição da supertaça Cândido de Oliveira está marcado para este sábado, no Estádio Municipal de Aveiro, com início às 20h45.

Esta noite, o campeão nacional Sporting e o vencedor da Taça de Portugal Sporting de Braga disputam o primeiro título da temporada, no Estádio Municipal de Aveiro.

Segundo o Sapo24, este será o 153.º jogo entre Sporting e Sporting de Braga, em todas as competições: 130 no campeonato nacional, 16 na Taça de Portugal, dois na Supertaça e quatro na Taça da Liga.

No geral, os leões têm demonstrado vantagem sobre os arsenalistas, sendo que venceram 94 jogos (62%) e perderam 35 (23%).

O mais recente encontro entre os dois emblemas aconteceu a 25 de abril deste ano, para a 29.ª jornada do campeonato nacional e terminou com uma vitória dos leões por 1-0.

O onze inicial do Sporting poderá contar com Adán, os centrais Gonçalo Inácio, Coates e Feddal, os laterais Esgaio e Nuno Mendes, os médios centrais Palhinha e Matheus Nunes e um trio na frente, composto por Pedro Gonçalves, Jovane e Paulinho, avança ainda a publicação.

Já o Sporting de Braga alinhará Paulo Oliveira, Raul Silva e Sequeira, à frente de Matheus, Fabiano e Galeno nos corredores, Al Musrati e Castro como médios centrais e um trio na frente, composto por Fransérgio, Ricardo Horta e Abel Ruiz. E poderá ter duas novidades: o central Paulo Oliveira (ex-Eibar), que já foi leão, e o lateral direito brasileiro Fabiano, de regresso a Braga após empréstimo em 2020/21 à Académica.

Antevisão do encontro

Carlos Carvalhal frisou esta sexta-feira que, apesar do “respeito pelo Sporting”, o Sporting de Braga quer vencer pela primeira vez na sua história a Supertaça Cândido de Oliveira de futebol.

“Com muito respeito pelo Sporting, mas queremos vencer e trazer a Supertaça para Braga, em 100 anos de história o clube nunca a venceu”, afirmou o treinador na conferência de imprensa de antevisão da partida, que contou com a presença do presidente arsenalista, António Salvador, na sala de imprensa.

Carlos Carvalhal disse que espera uma equipa do Sporting de Braga “extremamente competitiva”, depois de uma pré-época em que destacou três jogos particulares pela sua “competitividade enorme”, diante de Farense, Marselha e Paços de Ferreira.

“Isso foi importante, respondemos bem, sempre de uma forma crescente e evolutiva e chegámos a 15 dias, uma semana de iniciar a época já perto do nosso melhor”, disse.

O treinador disse ainda que as duas equipas chegam em “igualdade de circunstâncias” ao jogo de sábado, que “é de 50/50”.

“Os pormenores são muito importantes [nestes jogos], a concentração e o foco, trabalhámos isso com os jogadores para estarmos no top no sábado”, mas é um jogo de “resultado imprevisível”, considerou.

O técnico, que notou haver uma “ansiedade natural de cada jogo e de uma final”, frisou que o Sporting de Braga “tem sempre a obrigação de lutar por vencer todos os jogos que disputa” e que “nunca entra para empatar”.

Questionado sobre se ficou convencido da superioridade do Sporting nos três confrontos (final da Taça da Liga e campeonato) da época passada, todos ganhos pelos leões, Carlos Carvalhal notou que o Sporting de Braga teve a “postura habitual” nesses jogos de jogar sempre para vencer.

“Seja com Sporting, FC Porto ou Benfica, o Braga vai entrar para jogar cara na cara, olhos nos olhos, para vencer”, disse.

O treinador admitiu que poder ganhar um troféu que ainda não existe no museu do Sporting de Braga “tem o seu peso”.

“Se pudermos fazer o que não foi feito… O que nos move é ganhar os troféus, em ano e pouco esta é a terceira final, é um muito bom sinal o Braga estar presente nas decisões. Se pudermos ficar na história por ganhar pela primeira vez a Supertaça, tem o seu peso”, disse.

Carlos Carvalhal afirmou ainda estar “extremamente satisfeito” pelo regresso dos adeptos aos estádios.

“Somos das equipas que, com o apoio deles, poderíamos ter feito mais ainda, são muito bem-vindos, esperamos dar uma alegria aos 5.000 que estiverem em Aveiro e, depois, comemorar em Braga com os que não puderam viajar”, disse.

Lucas Mineiro, Piazon e Fábio Martins, todos devido a castigo, estão fora das opções do técnico para o jogo.

Já o treinador do Sporting, Rúben Amorim, considera que “a época vai ser muito mais desgastante, um desafio enorme”.

“Vamos jogar competições diferentes, temos mais responsabilidade, mas vamos encarar sem receio. Tivemos uma época muito boa, mas com pontos muito baixos também e temos de ter atenção a esses momentos, sabendo que no Sporting há muita cobrança. Olhamos para o novo desafio com muito entusiasmo”, disse.

Regresso dos adeptos aos estádios

Numa medida que se estenderá a todos os jogos da Liga 2021/2022, o público também regressa este sábado aos estádios, após um ano e quatro meses de ausência — serão 10 mil adeptos.

Depois de várias reuniões entre o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, e as autoridades de saúde, já se sabem quais as normas por que se regerá o acesso dos adeptos aos recintos desportivos nas duas competições profissionais.

Segundo avança A Bola, para já, a lotação dos estádios continua limitada a 33% da sua capacidade — o que significa que entre cada espectador tem de haver duas cadeiras de distância e que as primeiras duas filas das bancadas estarão desocupadas, a não ser que cumpram uma distância de dois metros, no mínimo, para o relvado.

Além disso, todos os adeptos precisam de apresentar um certificado digital, que pode ser obtido de três formas: vacinação completa, teste negativo (PCR realizado 72 horas antes ou antigénio nas 48 horas anteriores) ou declaração de cura de covid-19 nos últimos seis meses.

A máscara no interior dos estádios continuará a ser obrigatória e as entradas e saídas terão de realizar-se por locais distintos.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

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