Lucas Saatkamp, uma das figuras da seleção brasileira masculina de voleibol, utiliza máscara de proteção contra a COVID-19 durante os jogos em Tóquio.
Quem assistiu ao grande jogo desta segunda-feira, o Brasil-Argentina, no torneio masculino de voleibol nos Jogos Olímpicos, reparou que um dos titulares brasileiros joga com máscara no rosto.
Lucas Saatkamp, mais conhecido como Lucão, era o único em campo – dos 12 mais utilizados – que tinha a máscara. Aliás, será um dos raros jogadores em todas as modalidades olímpicas que utiliza a máscara na cara enquanto joga.
Raro, mas não único: na própria seleção brasileira de voleibol há outra exceção – o suplente Maurício Borges também entra em campo com a máscara, sempre que é chamado pelo selecionador Renan Dal Zotto.
A utilização da máscara é obrigatória para os elementos das equipas técnicas e para os jogadores, quando estes estão no banco de suplentes. Quem está a jogar, como seria de esperar, não tem de utilizar a máscara nos Jogos Olímpicos.
No entanto, “o orgulho da Organização Mundial da Saúde”, como já foi apelidado nas redes sociais, joga com máscara desde 2020. E continua. O jogador de 35 anos já tinha explicado que quer ao máximo evitar ser contagiado pelo novo coronavírus porque pensa em si, no seu filho e na sua esposa.
Em entrevista à Globo, adicionou: “Dediquei-me, treinei muito, para chegar bem à seleção brasileira e tentar não contrair o vírus, porque eu sabia que, contraindo o vírus, teria que ficar muito tempo em isolamento. E isso ia fazer com que eu perdesse toda a parte física à qual eu me dediquei durante todo este tempo que fiquei parado durante a pandemia”.
Lucas Saatkamp foi mesmo infetado mas não apresentou qualquer sintoma grave: “Fiquei parado durante algum tempo mas ainda bem que foi durante pouco tempo. Depois a minha esposa ficou grávida e não sabíamos o risco que uma grávida corria“.
Por tudo isto, o internacional brasileiro, campeão nacional pelo Taubaté em 2021, joga sempre com máscara no rosto e não sente prejudicado por causa disso: “Sinceramente não vejo qualquer dificuldade extra por causa disso. Treinar com e sem máscara é a mesma coisa, por isso eu não vejo muitos motivos para não usar máscara, sabendo que ela pode, não só me proteger, mas proteger também os meus colegas e evitar que eu fique novamente infetado”.
Para já, Lucão e o Brasil estão a ter um percurso de sucesso em Tóquio. No primeiro jogo, no sábado passado, venceu tranquilamente a Tunísia em somente três parciais. O clássico da segunda jornada, contra a Argentina, foi bem diferente: os argentinos estiveram a vencer por 0-2 mas os brasileiros deram a volta e ganharam por 3-2 (com 16-14 no último set), após quase 2h30m de jogo.