Estados Unidos da América contam com 48.49% da população totalmente vacinada, apesar de o processo ter estagnado nas últimas semanas. Os números de novas infeções crescem, assim como as mortes face ao crescimento galopante da variante Delta.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha deixado o alerta na última semana. Com 48.49% da população inoculada contra a Covid-19, de acordo com os dados do Our World in Data, e o país a voltar lentamente à normalidade, os EUA enfrentam atualmente uma nova pandemia, a pandemia das pessoas não vacinadas.
O alarme surge porque as mortes que se registam atualmente no país motivadas pela SARS-Cov-2 acontecem na sua vasta maioria (99%) em pessoas não vacinadas — numa altura em que a variante Delta está a associada a 83% dos novos casos.
O relato de Brytney Cobia, uma médica do Grandview Medical Center, no Alabama, tornou-se viral nas redes sociais depois de esta revelar que todos os seus doentes com Covid-19, à exceção de um, não tinham sido vacinados. O paciente inoculado deveria ter uma recuperação rápida após receber oxigénio, revelou a clínica ao Birmingham News, ao passo que os restantes “estão a morrer“.
“Estão a ser admitidas pessoas jovens e saudáveis com casos de infeção severa por Covid-19”, escreveu Cobia no seu perfil no Facebook. “Uma das últimas coisas que me pedem antes de serem entubados é a vacina. Eu seguro-lhes a mão, peço desculpa, mas digo-lhes que é demasiado tarde.”
O Alabama, onde Brytney Cobia trabalha, regista os níveis mais baixos de vacinação dos Estados Unidos da América — apenas 33.9% dos habitantes estão totalmente vacinados —, sendo que o processo de inoculação está a estagnar.
Segundo dados oficiais disponibilizados pelas autoridades do estado, 96% das pessoas que morreram no Alabama por Covid-19 desde abril não estavam totalmente vacinadas.
De acordo com a epidemiologista Rochelle Walen, diretora do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC, na sigla em inglês), o impacto da variante Delta é “dramático“, já que desde 3 de Julho a sua predominância subiu dos 50% para os 83%.
O The Guardian cita o caso de Paula Johnson, uma investigadora na área farmacêutica, adiou a toma da vacina e acabou por testar positivo ao novo coronavírus, tendo sido transportada de urgência para o hospital.
“Não conseguia respirar. De repente, os meus pulmões simplesmente deixaram de funcionar”. O momento foi descrito por Johnson como um “embate“, pelo que já deseja vacinar-se e apela aos outros que não esperem, como ela, e que se vacinem.
“Eu diria a todos para tomarem a vacina, para arriscarem, não vai doer, tudo o que vai fazer é aliviar os sintomas do vírus mesmo que o apanhem — isso vai ajudar-vos a sobreviver”, disse à CBS News.
Perante o aumento de casos e de mortos, a Casa Branca debate a possibilidade de recomendar às pessoas vacinadas que usem máscara, especialmente nos territórios em que a variante Delta se está a espalhar rapidamente — com o CDC também a estudar a hipótese de atualizar as suas diretrizes.
Numa grande entrevista, em formato town hall, concedida à CNN esta semana, Joe Biden apelou novamente aos americanos que dêem um “passo muitíssimo importante” e e se vacinem.
Podem por favor incluir as fontes que usaram para este artigo?
Caro leitor,
Conforme consta no artigo, as fontes consultadas são o The Guardian e a CBS News.
É uma questão de opções e da liberdade de cada. Depois, não podem é queixar-se se corrrer mal.
No entanto, há ainda outra questão a considerar: é que os não vacinados estão a impedir que se trave esta pandemia mais rapidamente.
Enfim: pela minha parte, já estou protegido, em princípio (porque nada é 100% infalível), de males maiores….
Cuidem-se
A cultura negacionista de Trump, mata!
profilaxia e tratamento com ivermectina e outros é que está quieto.
enquanto matam e deixam morrer com dolo milhares de pessoas, vão usando esses crimes para continuarem a propaganda.
Curioso como no Reino Unido 80 a 90% das novas infeções são em utentes com a vacinação completa.