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Cientistas descobrem primeira espécie de alga conhecida com três sexos

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Matthew Herron / Wikimedia

Pleodorina starrii

Cientistas japoneses descobriram a primeira espécie de alga já conhecida que tem três sexos distintos: “masculino”, “feminino” e um terceiro a que chamaram “bissexual”.

Geralmente, as algas são capazes de se reproduzir de forma assexuada ou sexuada, dependendo do momento da vida em que se encontram. Podem ser haploidia (com um único conjunto de cromossomas) ou diploidia (com dois conjuntos).

Existem também algas hermafroditas, que podem mudar dependendo da expressão genética do organismo. Ter três sexos, nos quais se incluem os hermafroditas, é um sistema reprodutivo chamado subdioecia.

Mas, de acordo com o site Science Alert, no caso desta alga haplóide, chamada Pleodorina starrii, a situação é ainda mais invulgar. A sua forma bissexual possui tanto células reprodutivas masculinas e femininas. Os investigadores descrevem-no como um “novo sistema de acasalamento haplóide” completamente exclusivo das algas.

Esta alga forma ou 32 ou 64 colónias vegetativas de células do mesmo sexo e tem pequenas células sexuais móveis (masculinas) e grandes células imóveis (femininas) semelhantes às dos humanos. As células sexuais masculinas estão em conjuntos de esperma para encontrar uma colónia feminina onde se juntar.

A P. starrii bissexual tem ambos, ou seja, tanto pode formar colónias masculinas ou femininas e, portanto, pode acasalar com um macho, uma fêmea ou outro espécime bissexual.

Os investigadores estão particularmente entusiasmados com esta descoberta porque outras algas muito próximas têm sistemas sexuais diferentes, o que significa que esta pode vir a dizer-lhes mais coisas sobre como estas mudanças sexuais evoluíram. Além disso, consideram que espécies com três sexos pode não ser algo assim tão invulgar como se pensa.

“Parece muito incomum encontrar uma espécie com três sexos mas, em condições naturais, penso que poderá não ser assim tão raro“, disse Hisayoshi Nozaki, biólogo da Universidade de Tóquio e um dos autores do estudo publicado, a 12 de julho, na revista científica Evolution.

ZAP //

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