Vermaelen ficou a protestar por causa do exagero do adversário…e foi golo. Espanha também se apurou, com um guarda-redes decisivo nas grandes penalidades – mas o melhor do jogo, segundo o próprio, foi o outro guarda-redes.
A realização televisiva ainda se estava a focar no abraço curioso, e bem-disposto, que Giorgio Chiellini deu a Axel Witsel quando a Itália cobrou um livre rapidamente e a bola apareceu na área da Bélgica. Ciro Immobile disputou a bola pelo ar e atirou-se para o chão, à espera de uma grande penalidade. Thomas Vermaelen não gostou (não gostou mesmo) desse “teatro” e ficou a protestar, parado, à beira de Immobile, enquanto a bola continuou a rolar – era a Bélgica quem tinha o esférico.
O problema para o defesa belga é que os italianos recuperaram logo a bola, que foi parar a Nicolò Barella. Vermaelen, como tinha ficado parado a protestar, chegou atrasado à jogada e não conseguiu parar o remate de Barella. 1-0 para a Itália, que venceu a Bélgica por 2-1 e se apurou para as meias-finais do Euro 2020.
Este momento foi destacado em Espanha, país que esteve muito atento a este jogo porque a Itália vai ser o adversário dos espanhóis na primeira meia-final do torneio.
A Espanha foi a primeira seleção a qualificar-se para a próxima fase, depois de ter afastado a Suíça, no desempate por grandes penalidades.
Um desempate que, parcialmente, pareceu um festival de golos falhados, de penáltis mal marcados. Foram cinco grandes penalidades desperdiçadas (um recorde em Europeus) e duas delas foram travadas por Unai Simón.
O guarda-redes, protagonista do grande “frango” do torneio ainda na fase de grupos, agora é um herói em Espanha. No entanto, o jogador do Atlético Bilbau disse depois do jogo que até daria o prémio de melhor jogador da partida a Yann Sommer, guarda-redes da Suíça, pelo que fez durante os 120 minutos (empate a uma bola).
O jornal Marca, além de destacar o “herói absoluto” Simón, elogiou o “líder” da seleção espanhola, Sergio Busquets, e reforçou a importância do selecionador Luis Enrique nesta presença da Espanha nas meias-finais, “algo que poucos apostariam” antes do início do Euro 2020. E com um “futebol atrativo”, reforça.