Na Islândia, o degelo glacial criou uma paisagem deslumbrante que o fotógrafo espanhol Manuel Ismael Gómez de Almería não deixou passar em branco.
Faz lembrar a arte surrealista de Salvador Dalí, mas é uma versão ampliada do degelo de um glaciar islandês. A imagem artística é, segundo o Atlas Obscura, a ilustração de um processo geológico raramente capturado em detalhes.
Os glaciares têm longos e estreitos desfiladeiros que, por serem instáveis, estão mais propensos a súbitos ataques de derretimento, em comparação com as grandes massas de gelo.
No sudeste da Islândia, perto da cidade de Höfn, a água do degelo de um glaciar foi captada em poças no topo de depósitos de areia. Como grande parte da ilha é altamente vulcânica, a areia carrega as marcas de várias erupções locais: camadas escuras de cinzas entre um material de cor mais clara.
O portal explica que os riachos de água derretida abriram, gradualmente, um caminho, esculpindo canais cada vez mais profundos nas camadas de areia fina – dando a ilusão de árvores retorcidas e sem folhas.
O processo de erosão é o mesmo que os riachos maiores sofrem numa cadeia de montanhas para criar cursos de rios.
Esta é, no entanto, uma paisagem pela qual seria impossível caminhar, uma vez que estes padrões fractais não são muito maiores do que uma mesa de jantar.
A imagem, tirada por Manuel Ismael Gómez de Almería, foi finalista na categoria “Arte da Natureza “no concurso BigPicture Natural World Photography 2021.
Maravilhas da natureza, magnífico.