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Portugal 4-0 Israel | Goleada e muito Bruno antes dos jogos “a doer”

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Manuel de Almeida / Lusa

Portugal segue viagem para Budapeste e para o EURO 2020 moralizado por uma vitória tranquila sobre Israel, num jogo que dominou de princípio a fim e em que os golos surgiram nos minutos finais de cada parte.

runo Fernandes e Cristiano Ronaldo marcaram a fechar a primeira e, depois de muitas mexidas e alguma descompressão ao longo dos segundos 45 minutos, que permitiram até que os israelitas criassem algum perigo, João Cancelo, de pé esquerdo, elevou a contagem já perto do fim, antes de Bruno Fernandes (grande exibição) bisar e fixar o resultado em 4-0.

Este foi um jogo de sentido (quase) único. As excepções, na primeira parte, um par de iniciativas israelitas pela esquerda resolvidas pelos centrais lusos e que não resultaram em qualquer remate para a baliza do estreante Rui Silva.

De resto, os primeiros 45 minutos só deram Portugal, com 61% de posse de bola, uma eficácia de 82% no passe vertical e 12 remates, cinco deles na direcção do alvo. Os golos, contudo, só apareceram já perto do intervalo. Bruno Fernandes (em grande no primeiro tempo) fez o primeiro e assistiu, depois, Cristiano Ronaldo, que no seu quinto remate no jogo elevou para 2-0, aproximando-se ainda mais do recorde de Ali Daei.

Já a pensar na estreia no EURO 2020, terça-feira, frente à Hungria, Fernando Santos mexeu na equipa.

Portugal baixou a intensidade e Israel aproveitou para desferir, aos 56 minutos, o seu primeiro remate no jogo, antes de ficar mesmo muito perto de marcar à entrada do quarto-de-hora final. Mas Portugal voltaria a despertar perto do fim.

João Cancelo coroou, com um golo de belo efeito, de pé esquerdo, uma bela actuação, e Bruno Fernandes fechou com chave de ouro e (mais) um grande golo uma exibição “nota 10”.

 

O melhor em campo GoalPoint

Uma exibição de fazer crescer água na boca para a fase final do EURO 2020! Bruno Fernandes esteve em três dos quatro golos de Portugal, marcando por duas vezes e fazendo a assistência para o tento de Cristiano Ronaldo, mas não se ficou por aí.

Patrícia de Melo Moreira / AFP

A isso somou nove recuperações de posse, criou três ocasiões flagrantes em cinco passes para finalização e acumulou 101 acções com bola (máximo da partida), cinco das quais já dentro da grande área de Israel. E ainda fez oito passes ofensivos valiosos. Notável e digno de um bem redondo 10.0 nos GoalPoint Ratings.

 

Ratings GoalPoint

João Cancelo 8.3 – Outra das grandes exibições do lado de Portugal. Um golo, uma assistência que abriu caminho à vitória, um total de três ocasiões flagrantes criadas e o pendor ofensivo de sempre, como o comprovam as cinco tentativas de drible que efectuou, com sucesso em duas.

Cristiano Ronaldo 6.9 – O capitão passou os primeiros 45 minutos a tentar um golo que fez por merecer e surgiu em cima do intervalo. Foi o seu 104.º pela selecção e já só faltam seis para passar Ali Daei. Foi quem mais remates fez (sete) nos 70 minutos em que esteve em campo e totalizou nada mais, nada menos que 16 acções com bola dentro da grande área de Israel.

Manuel de Almeida / Lusa

Diogo Jota 6.5 – Jogou os primeiros 45 minutos e foi um dos que em melhor plano se exibiu desde o apito inicial, tendo estado em cinco das seis primeiras finalizações de Portugal no encontro, fosse a rematar ou no último passe. Saiu ao intervalo, com quatro passes para finalização e três acções defensivas no meio-campo contrário.

Pepe 6.4 – Destacou-se pela eficácia de passe (98%), sendo que acertou oito dos nove passes longos que tentou, e no capítulo defensivo contabilizou três alívios (mais do que qualquer outro jogador da equipa das “quinas”) e sete recuperações de posse.

William 6.1 – Esta noite titular no meio-campo, o médio do Bétis foi quem mais passes fez (83) e quem mais passes acertou (76) no encontro. Além disso, nos 70 minutos em que esteve em campo fez nove variações de flanco e completou com êxito cinco dos seis passes longos que tentou.

Bernardo Silva 6.1 – Dois passes para finalização, quatro acções com bola na grande área contrária, oito passes ofensivos valiosos e cinco recuperações de posse, uma delas a ficar na retina e a deixar Diogo Jota na cara do golo, logo aos 15 minutos.

Nuno Mendes 6.0 – O “menino” de Alvalade foi um dos que esteve em campo os 90 minutos e destacou-se pela notável eficácia que evidenciou no passe (97%). A defender foi também um dos ‘reis’ dos desarmes (com três) e contabilizou ainda nove recuperações de bola.

Gonçalo Guedes 5.8 – Recuperado da COVID-19, saltou do banco para substituir Ronaldo aos 70 minutos e entrou com vontade de mostrar serviço. Foi premiado com uma assistência para golo e teve quatro acções na grande área israelita.

João Moutinho 5.7 – Esteve 29 minutos em campo e mostrou a segurança do costume no capítulo do passe: só falhou um dos 29 que tentou (97% de eficácia) e também ajudou no capítulo defensivo, com uma acção defensiva no meio-campo contrário, um desarme e uma intercepção.

Rúben Neves 5.7 – Titular no centro do meio-campo ao lado de William, não esteve tanto em jogo como o colega, mas mostrou-se seguro no passe, com uma eficácia de 93% nesse capítulo. Recuperou cinco vezes a posse de bola e teve duas acções defensivas no meio-campo contrário.

Pedro Gonçalves 5.6 – Na sua segunda internacionalização, o melhor marcador da Liga NOS 2020/21 teve direito a 20 minutos em campo, nos quais somou apenas 17 acções com bola. Ainda assim, só falhou um passe e ganhou o único duelo aéreo que disputou.

Rui Silva 5.5 – Dificilmente o guardião poderia ter tido uma estreia mais tranquila na baliza de Portugal, sobretudo nos primeiros 45 minutos. Defendeu o único remate que Israel efectuou na direcção do alvo, desferido já na grande área lusa, e completou 13 dos 17 passes que tentou durante os 90 minutos.

Danilo 5.5 – Desta feita suplente, actuou na meia-hora final e não falhou nenhum dos 14 passes que tentou (100% de eficácia). Recuperou duas vezes a posse de bola e fez dois desarmes.

André Silva 5.4 – O segundo melhor marcador da última Bundesliga jogou toda a segunda parte, mas só por uma vez conseguiu visar a baliza de Israel (e de fora da área), tendo tido apenas uma acção dentro da grande área de Israel.

Rúben Dias 5.4 – Seguro no passe (96% de eficácia), mas menos em jogo do que o seu colega no centro da defesa, Pepe.

Renato Sanches 5.3 – O médio do Lille jogou os derradeiros 20 minutos do encontro, nos quais não falhou nenhum dos 21 passes que tentou, dois dos quais longos. Recuperou uma bola e foi bem-sucedido na sua única tentativa de drible.

 


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3 Comments

  1. PORTUGAL NA EURO/2020 – O escrete português parte para EURO, não somente para uma simples participação, porém, por mérito levantar a Taça de Campeão. No momento futebolístico europeu vejo três seleções para impedir tal ensejo: França, Espanha e Inglaterra. Diria a França, mais pela voluntariedade dos seus jogadores, pois, em matéria de craques, Portugal supera , e muito. Quanto a Espanha e Inglaterra, mais pela organização tática de cada uma delas, possuem valores individuais, é evidente. Será um EURO que se consagrará o campeão que for mais eficiente nas suas defensivas e mais paciente nas ofensivas ao ataque. Acho o Dom Fernando Santos o equilibrista para o êxito de Portugal e não é à toa que ele conseguiu colocá-lo no ranking das grandes seleções mundiai. é o que pensa joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]

    • Pois, cá para mim, só muito remotamente Portugal terá possibilidade de ultrapassar a fase de grupos, os jogos contra Espanha e Israel apenas agravaram o meu pessimismo. Mas não há problema, o objectivo de “Dom Fernando Gomes”, seleccionador, da FPF e da comunicação desportiva, é que Cristiano Ronaldo ultrapasse um insignificante iraniano nos golos marcados. E também da Nike, claro. E discordo, completamente, da sua opinião “brinca na areia” brasileira, a França é uma selecção com uma qualidade brutal, não são 11 craques, são duas equipas, gerir todo o talento e potência desses “cavalos” não deve ser nada fácil. Digo mais, tenho duvidas que mais que quatro/cinco jogadores portugueses entrassem no “26” de França. É fácil anular a equipa portuguesa e o seu jogo pró Cristiano Ronaldo, em 2016 ganhámos porque os franceses ficaram desorientados, sem plano B, quando ele saiu. Portugal é muito mais forte sem CR, está mais que demonstrado, mas não interessa a quem vive à custa dos títulos, capas e recordes do CR. E das Nike. São muitos, demasiados eucaliptos.

  2. PORTUGAL/EURO – 2020 – Não quero polemizar, quando se tratar de futebol, pois, coisas incríveis acontecem e, de certa forma são onze contra onze – favoritismo, às vezes não prevalecem.. Esperemos o desenrolar da competição e tenho certeza, é obvio, levantará a Taça o melhor preparado. Torço para que o querido Portugal seja o CAMPEÃO, somente isso. É o qqe pensa, joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]

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