O tamanho das nossas pupilas diz mais sobre nós do que imaginávamos. Cientistas descobriram que há uma surpreendente correlação entre o tamanho inicial da pupila e a inteligência fluida.
Um novo estudo sugere que o tamanho inicial da pupila pode estar relacionado com a inteligência fluida, um componente da inteligência que se baseia na capacidade de resolver problemas sem depender de conhecimentos já adquiridos.
Na prática, segundo explica o Scientific American, diz respeito à capacidade de uma pessoa se adaptar e enfrentar novas situações de forma ágil.
Em três estudos separados com mais de 500 participantes, os investigadores descobriram que a diferença no tamanho da pupila entre os voluntários que tiveram pontuações mais altas em testes cognitivos e aqueles que obtiveram pontuações mais baixas foi suficientemente significativa para ser detetada a olho nu.
“Usamos pupilas dilatadas como indicador de esforço, uma técnica popularizada nas décadas de 1960 e 1970 pelo psicólogo Daniel Kahneman. Quando descobrimos uma relação entre o tamanho inicial da pupila e a inteligência, não tínhamos a certeza se era real ou o que significava”, escreveram os autores.
A equipa calculou o tamanho médio da pupila de cada um dos voluntários usando um dispositivo especial de rastreamento com uma câmara conectada a um computador. Normalmente, a pupila contraída tem dois a quatro milímetros de tamanho e dilata-se totalmente até aos oito milímetros.
Os participantes fizeram vários testes cognitivos para avaliar a capacidade de manter o foco e controlar a atenção. Segundo o portal, a luz do laboratório estava escura para evitar que as pupilas contraíssem em resposta à luminosidade.
Os resultados mostraram que aqueles com um “tamanho inicial de pupila maior” tiveram um desempenho melhor em testes de atenção, memória e raciocínio, o que sugere uma forte ligação entre o cérebro e o olho.
Numa idade mais avançada, a pupila tendia a ser mais pequena e mais contraída, mas a relação observada entre o tamanho da pupila e as capacidade cognitivas era a mesma. Os cientistas, que publicaram recentemente o artigo cientifico na Cognition, esperam estudar melhor esta relação no futuro.
A investigação também permitiu concluir que o tamanho da pupila está relacionado com uma região do cérebro conhecida como locus coeruleus, localizada na parte superior do tronco encefálico.
Esta zona liberta uma substância química que funciona como uma hormona no cérebro, visando processos regulares como perceção, atenção e memória, além de ajudar regiões distantes do nosso órgão pensante a trabalharem juntas para completar tarefas complicadas.
Hi!
Já sei donde vem a minha inteligência. Só falta medi-la!