Cleópatra morreu em agosto de 30 a.C, mas não se sabe ao certo de que forma. A tese de suicídio é a mais defendida, porém os historiadores apresentam hipóteses diferentes sobre o método que a faraó usou para pôr fim à sua vida.
A maior parte dos historiadores acredita que Cleópatra se suicidou ao deixar que uma cobra venenosa mordesse o seu seio. Ao que tudo indica, a faraó egípcia trancou-se num mausoléu que tinha mandado construir no palácio em Alexandria e pediu que lhe trouxessem uma cobra venenosa.
Segundo o ATI, quando a cobra chegou, dentro de uma pequena cesta de figos, Cleópatra segurou-a contra o seu seio até que esta afundasse os dentes na sua pele.
Nascida numa dinastia de governantes macedónios no Egito, ao longa da sua vida, Cleópatra usou a sua inteligência, ambição e sedução para chegar ao poder.
A faraó tinha capacidade para falar várias línguas e chegou a convocar exércitos terríveis. A sua vida ficou ainda marcada pelos dois casos amorosos que manteve com dois dos homens mais poderosos do Império Romano: Júlio César e Marco António.
Contudo, na hora da sua morte, o envolvimento de Cleópatra com o Império Romano acabou por se tornar numa armadilha.
A egípcia tornou-se uma das principais inimigas de Otaviano, filho adotivo de Júlio César, sendo que na altura da sua morte, o romano e o seu exército estavam muito perto da sua casa encurralando a rainha.
Com os seus exércitos derrotados e o seu amante morto, Cleópatra não tinha a quem pedir ajuda. O seu principal receio era que Otaviano a raptasse e a fizesse desfilar por Roma numa demonstração humilhante do seu poder.
Por isso, segundo conta a lenda, Cleópatra decidiu acabar com a sua vida. Embora a teoria da cobra venenosa continue a ser a mais conhecida, muitos historiadores modernos têm ideias diferentes sobre a verdadeira causa da sua morte.
Uma das razões que leva os historiadores a desconfiar da teoria da mordida da cobra é o facto de estes répteis medirem cerca de 2 metros de comprimento, e como tal, seria bastante difícil esconder um animal tão grande numa cesta tão pequena.
Por outro lado, surge a questão da eficácia, pois uma mordida de cobra pode ter a capacidade de matar ou não.
O historiador Schiff acredita ainda que “uma mulher conhecida pelas suas decisões rápidas e planeamento meticuloso hesitaria em confiar o seu destino a um animal selvagem”.
Supondo que Cleópatra morreu por suicídio, alguns historiadores contemporâneos também sugerem que esta bebeu veneno para se matar.
“É certo que não havia nenhuma cobra”, afirmou Christoph Schaefer, um professor de história antiga na Universidade de Trier. O especialista acredita que Cleópatra usou uma mistura venenosa para acabar com a sua vida.
Outra das grandes questões em torno da morte de Cleópatra é a localização do seu túmulo.
No entanto, uma descoberta “sensacional” indica que os seus restos mortais podem estar a cerca de 50 quilómetros de Alexandria, no templo de Taposiris Magna, avançou o The Guardian no ano passado.