A deputada centrista abordou vários temas numa entrevista, publicada esta quinta-feira, desde a queda do CDS nas sondagens ao seu lugar de deputada na Assembleia da República.
Numa entrevista à rádio Renascença e ao jornal Público, Cecília Meireles reconhece que quando vê o CDS com 1% nas sondagens sente “uma enorme tristeza”, mas que tem uma regra, que é não se “desfocar de prioridade”.
“Sempre achei que quando se faz política, sobretudo quando se exerce um cargo de representação, as nossas prioridades têm de ser o que está fora do partido e não o que está dentro do partido. Sobre questões internas e de estratégia interna do CDS só falo nos órgãos próprios do partido”, declarou.
Questionada sobre se acha que vai cumprir o seu mandato de deputada até ao fim da legislatura, a centrista foi clara: “Enquanto sentir que tenho as condições mínimas para representar o CDS, exercerei o meu mandato. Quando sentir que essas condições deixam de estar reunidas, independentemente de pressões, retirarei daí as consequências”.
A antiga líder parlamentar reconhece as pressões para sair – uma vez que no dia que isso acontecer, o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, pode ir para o Parlamento –, mas reitera que, até lá, a sua “concentração é máxima” e é “no que está fora do partido”.
A deputada disse estar focada, por exemplo, na comissão de inquérito ao Novo Banco. Esta semana, Cecília Meireles foi uma das pessoas que fez marcação cerrada ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira.
“À pergunta tão simples como ‘quanto é que deve ao Novo Banco’ vemos que, muitas vezes, os devedores não conseguem responder. Não sabem a ordem de grandeza da dívida”, explicou na mesma entrevista.
A deputada considera que “não há um sentimento de responsabilidade” e reforça que, quando se vai para uma comissão de inquérito, se deve “levar as coisas a sério”.
“A absoluta leveza com que se fala de centenas de milhões de euros, como se não fossem responsabilidade de ninguém, é surpreendente, no mau sentido. Mais do que surpreendente, diria que é chocante. É de uma absoluta leviandade falar de dívidas de centenas de milhões que contribuíram para a ruína de vários bancos”, acrescentou.
A deputada também deixa críticas ao Governo e a Mário Centeno, pois quando é nomeado governador do Banco de Portugal “já se sabia que ele era o principal responsável pela venda do Novo Banco”.
“Aquilo que foi dito na altura pelo primeiro-ministro, de que não haveria qualquer impacto direto ou indireto no erário público, era flagrantemente falso. E quando se põe a mesma pessoa por um lado a ser supervisor e por outro defensor de uma decisão política que tomou num passado recente e tem impacto na supervisão…”, atira.
Cecília Meireles disse também que o CDS vai opor-se a uma nova injeção, porque “enquanto o Tribunal de Contas não acautelar que está a haver cumprimento, nós evidentemente não podemos aceitar a lógica de cumprir contratos”.
Além disso, a centrista considera que há outras duas coisas que o Governo vai ter de esclarecer, que é o chamado “mecanismo de capital backstop”.
“Se tudo correr mal, se depois de lá pormos 3890 milhões de euros ainda assim o banco tiver dificuldades, o Estado comprometeu-se com a Comissão Europeia a meter lá mais 1600 milhões de euros. E esta conta ainda não estava feita e também vem na auditoria. Todos compreenderão que isto foi tudo menos assumido. Foi tudo feito por baixo do pano”, afirmou.
Se no CDS todos fossem como ela, certamente que teria mais…
Ela é a única no CDS que ainda vai fazendo alguma coisa de útil…
O CDS tem que se livrar de “lixo intelectual” como o Nuno Melo, etc – que estão a colocar o CDS “em cima” do Chega e por isso o CDS está a ficar invisível para os eleitores…
Este agora deu em analista político. Um chorradilho de disparates de quem nada percebe.
Estou mesmo preocupado com a tua opinião…
O CDS assim como os restantes partidos tem que fazer um limpeza profunda nos seus responsáveis ecolocarem pessoas com sentido de Estado sérias e honestas que reconheçam quando fazem mal e deixarem de empurrarem a culpa para os outros, enquanto, isso não acontecer os partidos cada vez tem menos votos e só quem acredita e confia neles são os fanáticos politicos.
Desde que expulsaram o Manuel Monteiro e ficaram com Paulo Portas ao leme que o CDS perdeu o rumo. Agora só restam nesse navio náufragos e ratos.