O ministro do Interior pediu reforço da segurança junto de esquadras da polícia e da guarda nacional após o ataque desta sexta-feira na esquadra de Rambouillet, perto de Paris.
Três pessoas já foram detidas na investigação do caso da funcionária da polícia esfaqueada, e todas têm ligações com o agressor, Jamel G., um tunisino de 36 anos, que é desconhecido das autoridades francesas e que estava em território francês de forma ilegal, não sendo conhecido ainda o motivo que levou ao crime.
A polícia continua as buscas e a brigada antiterrorista do Ministério Público está a investigar o caso.
O ministro do Interior, Gerald Darmanian, exortou os responsáveis regionais a “reforçarem a vigilância e as medidas de segurança nas imediações das esquadras da polícia e das brigadas da guarda nacional, em particular quando se tratar de receber pessoas”, segundo um telegrama enviado pelo seu gabinete e divulgado pela agência France-Presse (AFP).
Numa reação através do Twitter, o Presidente Emmanuel Macron assegurou que o país não vai ceder “em nada no combate ao terrorismo”, na sequência do ataque do tunisino, que segundo fonte próxima do inquérito e citada pela AFP gritou ‘Allah Akbar’ (Deus é grande).
“Ela era polícia. Stéphanie foi morta na sua esquadra em Rambouillet, em terras já mortíferas de Yvelines”, acrescentou o chefe de Estado, numa alusão ao assassínio do professor Samuel Paty, em 2020, e de dois polícias, em 2016, no mesmo departamento da região parisiense, a 45 quilómetros da capital.
Previamente, o procurador antiterrorista de França anunciou que se vai ocupar do inquérito sobre o ataque do tunisino, que foi abatido a tiro no local.
Em paralelo, e numa primeira reação no local do atentado, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, considerou que “a República acaba de perder uma das suas heroínas do quotidiano, num gesto bárbaro e de uma infinita cobardia”.
Este ataque coincide com as medidas do Governo de Macron sobre o reforço da segurança das polícias, que consideram estar submetidos a crescentes perigos devido ao aumento da criminalidade.
ZAP // Lusa