//

Minerar bitcoin na China vai gerar mais emissões de carbono do que as de toda a República Checa

Um novo estudo estima que o processo de mineração de bitcoin na China poderá gerar em breve 130,50 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano (mais do que a produção anual de toda a República Checa em 2016).

De acordo com o site IFLScience, investigadores da Universidade da Academia Chinesa de Ciências previram num novo estudo que o consumo anual de energia relativo à mineração de bitcoin no país irá atingir o seu pico em 2024.

Nessa altura, todo este processo irá exigir cerca de 297 terawatts-hora de energia e bombear cerca de 130,50 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano. Para se perceber a dimensão do problema, estes valores superam a produção total de gases de efeito de estufa de países como, por exemplo, a República Checa e o Catar.

Inicialmente, qualquer pessoa conseguia minerar esta criptomoeda através do seu computador pessoal. Mas agora, a bitcoin é tão famosa que requer uma quantidade estonteante de poder computacional e de eletricidade.

A China é responsável por mais de 75% das operações de mineração de bitcoin que acontecem em todo o mundo, de acordo com o novo estudo que foi publicado, a 6 de abril, na revista científica Nature Communications.

E, curiosamente, algumas zonas do norte rural deste país asiático são a localização ideal para operar uma mina de bitcoin de tamanho industrial, graças aos terrenos baratos, bem como ao fácil acesso a fabricantes de hardware especializado.

Neste artigo científico, os autores argumentam que o consumo de energia associado à bitcoin poderá vir a prejudicar os esforços de tentar tornar a Terra um lugar mais  sustentável, a menos que comecem a ser introduzidos regulamentos rigorosos e mudanças nas políticas atuais.

Como parte da pesquisa, a equipa tentou perceber como diferentes mudanças de política poderiam alterar este consumo de energia, tendo descoberto que as políticas atuais, como a tributação do carbono, são bastante ineficazes para conter as emissões nesta indústria.

O caminho a seguir, argumentam os cientistas, são políticas de regulamentação. Por exemplo, as autoridades poderiam introduzir uma regulamentação rígida sobre a indústria de bitcoin nas regiões de energia à base de carvão.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.