O Benfica, atual campeão, estreou-se hoje na Liga portuguesa de futebol com uma vitória por 2-0 na receção ao Paços de Ferreira e, pela primeira vez numa década, festejou um triunfo na primeira jornada da prova.
No Estádio da Luz, Maxi Pereira e Sálvio, aos 25 e 72 minutos, respetivamente, e ambos com assistência de Gaitan, garantiram o triunfo dos “encarnados” e puseram fim a uma série “negra” que durava desde 29 de agosto de 2004.
Nessa data, o Benfica bateu o Beira-Mar (3-2), naquela que era, até hoje, a última vitória do emblema lisboeta numa jornada inaugural do campeonato.
Ainda com bastantes indefinições no plantel, com várias entradas e saídas a ainda poderem acontecer, e mesmo sem grande “brilho”, o Benfica iniciou a defesa do título nacional com um precioso triunfo sobre um atrevido Paços de Ferreira, do regressado Paulo Fonseca.
O resultado poderia ter sido outro, caso Manuel José tivesse convertido uma grande penalidade aos 10 minutos, a castigar um derrube escusado de Eliseu a Hurtado. O guarda-redes Artur defendeu e voltou a ser ovacionado na Luz depois de ter sido herói na Supertaça.
O guardião brasileiro foi mesmo a principal figura dos “encarnados” nesta fase da partida, somando mais duas defesas de bom nível, que impediram o Paços de Ferreira de chegar à vantagem.
Com o mesmo “onze” do jogo da Supertaça, o Benfica demorou a acordar na partida, principalmente devido à “ausência” de Enzo Perez no meio-campo, que esteve muito marcado. Mesmo assim, Lima lançou um aviso à passagem dos 20 minutos, com remate perigoso, e logo de seguida o Benfica acabaria por chegar ao golo.
Numa das inúmeras subidas de Maxi Pereira, o lateral uruguaio apareceu isolado, depois de excelente passe de Gaitan, e bateu com facilidade Rafael Defendi, naquele que parecia ser um castigo demasiado pesado para o Paços de Ferreira.
Antes do intervalo, aos 42 minutos, destaque para a saída algo surpreendente de Enzo Perez, que deu lugar a Jara, naquele que poderá ter sido o último jogo do médio na Luz. Pelo menos, o público “encarnado” assim se despediu do internacional argentino.
Na segunda parte, o Benfica manteve a mesma toada lenta, mas desta vez sem dar espaço ao Paços de Ferreira, num jogo que com o passar do tempo foi ficando monótono.
Lima, que pareceu algo desapoiado na frente, ainda foi dando um ar da sua graça, com dois remates que passaram perto da baliza pacense, mas seria Salvio a selar a vitória, aos 72.
Gaitan fugiu na esquerda e tirou um belo cruzamento para a cabeça do extremo argentino, que só teve que encostar para as redes de Rafael Defendi.
Com este golo, o Paços de Ferreira praticamente baixou os braços, enquanto o Benfica se limitou a controlar o jogo até final.
Destaque apenas para um remate de Eliseu, que passou muito perto da baliza dos visitantes.