A serviço online Uber, conhecido por oferecer, com carros de luxo, serviços análogos aos de um táxi, foi vetado pelo Departamento de Assuntos Civis e Regulatórios de Berlim. Foi estabelecida uma multa de 25 mil Euros por dia, caso a startup americana continue com as suas actividades na cidade alemã.
O argumento do órgão público alemão é de que os veículos em uso no transporte público urbano têm uma cobertura específica de seguro e habilitação dos condutores. Como no caso do Uber isso não acontece, a autoridade entendeu que o serviço representa um risco ao cidadão.
O modelo de negócios do Uber perturba directamente a indústria de transportes. Uma licença de taxista custa uma exorbitância, e com a app Uber qualquer motorista, com um carro de luxo, pode teoricamente oferecer serviços de transporte.
A Europa recebeu mal o Uber por conta da pressão dos proprietários de táxis e empresas tradicionais do sector, que reclamam do facto de os motoristas que utilizam a aplicação não estarem sujeitos às mesmas normas de transporte e tributação.
As entidades sindicais falam até de dumping, com os motoristas do Uber a cobrar menos pelo transporte e obrigando os taxistas a baixar os preços.
Em entrevista à BBC, Fabien Nestmann, diretor geral do Uber na Alemanha, acusou as empresas de transporte de fazerem lobby contra o serviço.
Segundo Nestmann, a empresa vai recorrer da decisão municipal.
“Esta decisão limita o poder de escolha dos consumidores”, argumenta Nestmann.