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“Aquele que causa medo”. Nova espécie de dinossauro descoberta na Patagónia

(dr) Jorge Blanco / Journal of Vertebrate Paleontology

Impressão artística do Llukalkan aliocranianus

O novo dinossauro, do tamanho de um elefante e com garras enormes e dentes afiados, dominava o hemisfério sul há 80 milhões de anos.

“Aquele que causa medo”. Foi assim que uma equipa de investigadores argentinos batizou o Llukalkan aliocranianus, um novo dinossauro cujos restos mortais foram recentemente descobertos na Patagónia, conta o jornal ABC.

Há 80 milhões de anos, este predador terá certamente causado terror por onde passava, graças ao incrível tamanho (podia atingir cinco metros de comprimento), aos dentes afiados e às garras enormes.

Segundo o diário espanhol, enquanto os tiranossauros dominaram o hemisfério norte, os abelisaurídeos fizeram o mesmo no hemisfério sul. Esta família de terópodes, composta por cerca de dez espécies conhecidas até hoje, andava principalmente pela Patagónia e por outras áreas do antigo supercontinente Gonduana.

De acordo com os autores do novo estudo, publicado a 30 de março na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology, o L. aliocranianus pode ter sido um dos membros desta família que mais se destacava.

Entre os fósseis encontrados estava um estranho crânio, muito bem preservado, cuja forma e ossos rugosos revelam que a cabeça deste dinossauro tinha saliências e proeminências tal como alguns répteis atuais.

Porém, a característica mais diferente desta nova espécie é um pequeno seio posterior cheio de ar na área do ouvido médio, que nunca tinha sido visto em nenhum outro abelisaurídeo.

Esta descoberta indica que a sua audição era diferente da de outros abelisaurídeos, isto é, seria provavelmente melhor e semelhante à dos crocodilos modernos.

Apesar de ter sido uma importante descoberta, ainda há muito por explorar. “Esta descoberta sugere que provavelmente existem mais abelisaurídeos por ali que ainda não encontrámos, por isso, vamos procurar por outras novas espécies”, disse Federico Gianechini, paleontólogo da Universidade Nacional de San Luis e um dos autores do estudo.

ZAP //

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