A ‘task force’ responsável pelo programa de vacinação para o novo coronavírus está a ponderar incluir os professores, os investigadores e restantes funcionários do ensino superior nos grupos prioritários.
De acordo com o Diário de Notícias, a vacinação está garantida para os profissionais que trabalham nas creches, no pré-escolar, no ensino básico e no secundário. Questionada pela agência Lusa, uma fonte da ‘task force’ disse que a inclusão do ensino superior “está a ser considerada”, estando “ainda em análise” todo o processo.
“Sentimos uma total incompreensão que o ensino superior não seja incluído no plano de vacinação previsto para os professores e funcionários do ensino obrigatório”, indicou a presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), Mariana Gaio Alves.
A responsável lembrou que a nova tendência nas infeções, divulgada na terça-feira, revelaram que o grupo etário com mais casos é agora entre os 20 e os 30 anos. Por outro lado, acrescentou, os professores do ensino superior também têm uma média etária bastante elevada – “15% têm mais de 60 anos e 63% têm entre 40 e 60 anos”.
Indagado na terça-feira sobre as reivindicações dos sindicatos, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, indicou que o plano de vacinação “é para ser cumprido” e que não apoia “qualquer iniciativa de âmbito corporativo nessa área”.
“O ensino superior é particularmente específico, o número de horas de contacto é particularmente reduzido e há muitas outras profissões que são tão aptas a ser vacinadas como o ensino superior. Devemos seguir o plano como está, com firmeza e segurança e garantir que atingimos rapidamente a imunidade de toda a população, e apelo aos docentes do ensino superior que sejam solidários com toda a população”, sublinhou.
