Portugal teve a maior subida do emprego em cadeia (1,9%) no quarto trimestre de 2020, tendo o número de pessoas empregadas avançado 0,3% na zona euro e 0,4% na União Europeia (UE), divulgou esta terça-feira o Eurostat.
No acumulado de 2020, a taxa de emprego caiu 1,6% na zona euro e 1,5% na UE, depois de ter crescido 1,2% e 1,0%, respetivamente, em 2019.
Segundo o gabinete estatístico europeu, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o emprego diminuiu 1,9% na zona euro e 1,6% na UE entre outubro e dezembro de 2020, registando um abrandamento face às quebras de 2,1% e 2,0%, respetivamente, no terceiro trimestre de 2020.
Na variação homóloga, a taxa de emprego teve o maior recuo em Espanha (-4,2%), Estónia (-4,0%) e Letónia (-3,4%) e avançou 1,7% no Luxemburgo e 0,8% na Polónia.
Em Portugal, a taxa de emprego recuou 0,6% entre outubro e dezembro face ao período homólogo de 2019.
Na comparação em cadeia, o emprego aumentou 0,3% na zona euro e 0,4% na UE no quarto trimestre de 2020, depois de ter subido, respetivamente, 1,0% e 0,9% entre julho e setembro.
No quarto trimestre de 2020, Portugal, Estónia (1,9%, cada) e Espanha (1,2%) registaram o crescimento mais forte da taxa de emprego em comparação com o período anterior.
As maiores diminuições foram observadas na República Checa, Croácia, Letónia e Malta (-0,5% cada).
Economia da zona euro recua 6,6%
A economia da zona euro recuou 6,6% e a da União Europeia (UE) abrandou 6,2% em 2020, depois de crescimentos 1,3% e 1,6%, respetivamente, em 2019, divulga ainda o Eurostat.
A contração de 6,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro e de 6,2% da UE em 2020 segue-se a um crescimento, no ano anterior, de 1,3% e 1,6%.
Em comparação com o mesmo período de 2019, o PIB diminuiu 4,9% na zona euro e 4,6% na UE entre outubro e dezembro de 2020, após ter recuado 4,2% e 4,1%, respetivamente, no trimestre anterior.
Nos últimos três meses de 2020, de acordo com o boletim do gabinete estatístico europeu, o PIB da zona euro (-0,7%) e o PIB da UE (-0,5%) recuaram face ao período anterior, depois de terem tido uma forte recuperação no terceiro trimestre de 2020 (12,5% na zona euro e 11,6% na UE) e as maiores descidas desde o início da série temporal, em 1995, entre abril e junho de 2020 (-11,6% na zona euro e -11,2% na UE).
Na comparação homóloga, os PIB recuaram em todos os Estados-membros no quarto trimestre de 2020, com a França (-9,1%), a Grécia (-7,9%) e a Croácia (-7,1%) a registarem as maiores quebras.
Face ao trimestre anterior, a Roménia (4,8%), Malta (3,8%), Croácia e Grécia (2,7% cada) registaram os maiores aumentos do PIB.
As maiores descidas em cadeia foram registadas na Irlanda (-5,1%) e na Áustria (-2,7%), seguidas pela Itália (-1,9%) e França (-1,4%).
Nos últimos quatro meses de 2020, em Portugal, o PIB recuou 6,1% na variação homóloga e cresceu 0,2% face ao terceiro trimestre.
ZAP // Lusa