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Mais de 3.500 túmulos descobertos em Xian, a “casa” do mítico exército de terracota

Uma equipa de arqueólogos encontrou milhares de túmulos e objetos de valor arqueológico na cidade chinesa de Xian, a capital da província de Shaanxi e a “casa” do mítico exército de terracota, descoberto no mausoléu do primeiro imperador da China, Qin Shi Huang, sepultado há cerca de 2.200 anos.  

De acordo com o Shaanxi Cultural Heritage Office, citado pelo South China Morning Post, os túmulos e os objetos em causa foram encontrados durante dois projetos de construção de infraestruturas desenvolvidos na cidade chinesa.

Desde que arrancaram as obras de expansão do Aeroporto Internacional de Xianyang, em julho de 2020, mais de 3.500 túmulos antigos e milhares de objetos arqueológicos foram encontrados na região. Também a construção de uma linha de metro permitiu a descoberta de um elevado número de túmulos das dinastias Sui e Tang (entre 581 e 907).

“O número e a escala das relíquias são imensos e a carga de trabalho na escavação é enorme”, explicou Wang Zili, vice-diretor do Instituto Shaanxi para a Preservação do Patrimônio Cultural, garantindo que foi só possível descobrir estes objetos graças aos projetos de prospeção arqueológica realizados antes de as obras arrancarem.

Graças à rica e extensa história de Shaanxi, cuja atual capital, Xian, abrigou o poder imperial durante mais de mil anos, centenas de contextos de interesse arqueológico que datam de diferentes etapas de desenvolvimento foram descobertas na província, desde a origem da civilização chinesa até à última dinastia imperial Qing, explicou, por sua vez, Zhou Kuiying, vice-diretor do Departamento de Relíquias Culturais.

O mítico exército de Qin Shi Huang era composto por mais de oito mil soldados, 130 carruagens com 520 cavalos e 150 cavalos de cavalaria. Quase todas as peças estão em perfeito estado de conservação e há ainda milhares enterradas próximas da sepultura.

A construção do mausoléu começou em 246 a.C e as figuras de terracota – isto é, de barro “cozido” -, tinham como objetivo proteger o imperador na vida após a morte.

Desde que foi aberto ao público, em meados de 1979, o museu funerário dedicado a Qin Shihuang já foi visitado por mais de 120 milhões de turistas. O monumento foi classificado como património mundial pela UNESCO em 1987.

ZAP //

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