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Giovani foi agredido com um pau e cintos. Defesa alega que jovem morreu devido a uma queda

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Luís Giovani / Facebook

Luís Giovani

Dois dos arguidos no caso do homicídio de Giovani Rodrigues revelaram em tribunal esta quarta-feira que a vítima e os três amigos cabo-verdianos foram agredidos com um pau e vários cintos à saída de um bar em Bragança, no dia 21 de dezembro.

De acordo com o Jornal de Notícias, Bruno Fará e Jorge Liberato, os primeiros a falar, admitiram estar envolvidos na rixa à saída de um bar, mas nenhum assumiu ter agredido a vítima mortal.

Na primeira sessão do julgamento, Bruno Fará contou que foi a casa buscar um pau, que usou para bater nas costas de Valdo. O pau acabou por se partir em duas partes e, de acordo com o arguido, foi usado por outros agressores.

Já Jorge Liberato assegurou que não agrediu ninguém, mas admitiu que tinha uma soqueira, que foi usada por outra pessoa para agredir os jovens. O arguido confirmou que foram usados cintos e viu Giovani ser agredido com o pau, apesar de não conseguir precisar se foi na cabeça ou no ombro.

Os arguidosestão acusados de coautoria de homicídio, com dolo eventual, e de três crimes de ofensas à integridade física de três cabo-verdianos amigos de Giovani.

A defesa pretende provar que o traumatismo craniano, que terá sido a razão da morte, foi causado pela queda que Giovani alegamente deu numas escadas – e não pelas agressões dos arguidos. Para defender esta tese, foi citado o relatório da autópsia, onde é possível ler que a morte resultou de um choque violento com algo contundente.

A defesa considera que a causa do traumatismo é inconclusiva, podendo este ser das agressões ou queda.

O advogado dos pais de Giovani, Paulo Abreu, defende que foram as agressões que mataram o jovem e considera que a autópsia “não é inconclusiva”.

Segundo o JN, a indemnização pedida pela defesa deverá chegar aos 300 mil euros.

Luís Giovani Rodrigues, cabo-verdiano que se encontrava a estudar em Bragança, morreu no Hospital de São João, no Porto, a 31 de dezembro de 2019, após dez dias em coma, depois de ter sido agredido por um grupo de jovens.

Inicialmente, as agressões ao jovem cabo-verdiano foram atribuídas a “ódio racial’, mas a PJ garantiu, entretanto, que terão tido origem num “motivo fútil”, após uma discussão num bar da cidade.

No banco dos réus estão sete homens de Bragança, com idades entre os 22 e os 45 anos.

Maria Campos, ZAP //

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