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Cientistas descobrem nova forma de tornar a madeira transparente (e fica mais forte e leve que o vidro)

Uma equipa de investigadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriu um novo processo para tornar a madeira transparente – e fica mais forte (e leve) do que o vidro.

Os cientistas já se debruçam sobre a produção de madeira transparente há muito tempo, porque esta seria uma solução mais forte e resistente do que o vidro – a madeira não se partiria se fosse atingida por uma bola, por exemplo.

No entanto, a madeira transparente ainda não é comercializada, principalmente por causa da forma como é feita.

O método convencional para tornar a madeira transparente envolve o uso de produtos químicos para remover a lignina – substância que confere rigidez à madeira – o que faz com que seja um processo lento, produza muitos resíduos líquidos e torne a madeira mais fraca.

Mas, agora, os investigadores descobriram uma forma de tornar a madeira transparente sem, para isso, ter que remover essa substância.

O processo passa pela alteração da lignina, através da remoção das moléculas envolvidas na produção da cor da madeira.

Em primeiro lugar, foi aplicado peróxido de hidrogénio na superfície do material e, depois, este foi exposto a luz ultravioleta ou a luz solar natural, explicam os cientistas no artigo publicado, no final de janeiro, na revista Science Advances.

Qinqin Xia et al.

Foto de um pedaço de maneira, que ficou transparente depois de passar pelo novo processo

A madeira foi então embebida em etanol e, de seguida, os seus poros foram preenchidos com epóxi transparente, para a tornar lisa.

De acordo com a Phys, o material resultante deste processo foi considerado 50 vezes mais resistente do que a madeira transparente feita da maneira convencional.

Além disso, os investigadores descobriram que este novo processo cria um material mais forte e mais leve do que o vidro – e oferece um isolamento melhor.

Todas estas características fazem com que a madeira transparente seja ideal para janelas e telhados ou, até, para criar uma casa totalmente transparente, tendo em conta que pode ser usada como suporte de carga.

Os autores do estudo consideram o seu processo melhor do que o antigo, até porque não é poluente e pode, facilmente, ser adaptado para produzir material para grandes edifícios. Por outro lado, e tendo em conta a sua resistência, seria ideal para touch screens.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

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