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Maioria dos hospitalizados com covid-19 continua com pelo menos um sintoma seis meses após a infeção

A maioria dos pacientes com covid-19 que foram hospitalizados continuam a manifestar pelo menos um sintoma do novo coronavírus seis meses depois de a infeção ter sido detetada, sugere uma nova investigação.

O novo estudo foi esta semana publicado na revista médica The Lancet e contou com os dados de 1.733 pacientes hospitalizados num hospital de Wuhan, China. Os participantes tinham uma idade média de 57 anos e tiveram alta entre janeiro e maio de 2020.

73% dos pacientes afirmaram que continuaram a manifestar sintomas depois de terem superado a covid-19, sendo os mais frequentes a fadiga ou fraqueza muscular (63%), dificuldade para dormir (26%) e ansiedade ou depressão (23%).

“Como a covid-19 é uma doença tão recente, estamos apenas a entender alguns dos seus efeitos a longo prazo nos pacientes. A nossa análise indica que a maioria dos pacientes continua a viver como pelo menos alguns dos efeitos do vírus após a alta hospitalar, evidenciando a necessidade de atendimento médico após a alta, principalmente para quem manifestou infeções graves”, escreveram os autores, citados pelo agência Europa Press.

Os pacientes hospitalizados mais graves apresentavam, seis meses depois do início dos sintomas, uma função pulmonar deteriorada e anomalias no tórax, sintomas que, segundos os cientistas, podem indicar danos nos órgãos.

“O nosso trabalho frisa também a importância de levar a cabo estudos de acompanhamento mais longos em populações maiores para entender todo o espetro de efeitos que a covid-19 pode ter nas pessoas”, remata a equipa.

A covid-19 já matou pelo menos 1.934.693 pessoas no mundo desde o início da pandemia, em dezembro de 2019, segundo o levantamento realizado esta segunda-feira pela agência de notícias AFP de fontes oficiais às 11:00.

Mais de 90.196.880 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 55.592.800 pessoas foram consideradas curadas.

Os números baseiam-se nos levantamentos comunicados diariamente pelas autoridades de saúde de cada país e não têm em consideração as revisões efetuadas posteriormente por organismos de estatística, como na Rússia, Espanha e Reino Unido.

Sara Silva Alves, ZAP //

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