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Nota artística: baile luso no 22

Antes de o 22 de Junho voltar a ser data em destaque neste espaço, o destaque chamou-se corona. Novamente. Não o mexicano do Porto mas o vírus que deu para o torto. Deu para o torto para Manafá, Fábio Vieira, Cláudio Ramos e Carraça. Todos infetados. Todos portugueses. Houve baile luso e ninguém me convidou?

Que calor. 2 graus em Famalicão, quando o jogo começou.

Nos dois encontros anteriores entre estas duas equipas, o FC Porto perdeu.

Estes dois são os dois conjuntos que, até agora, conseguiram travar o líder do campeonato. Só eles dois é que sabem travar os de Alvalade.

Dois tinham sido também os golos apontados pelos dois maiores rivais do Futebol Clube do Porto, pouco antes: 2-0 do Sporting na Madeira e depois 2-0 do Benfica na Luz.

Cheio de luz deve andar Taremi. Ainda dentro do primeiro quarto de hora o homem do Irão voltou a marcar.

A festa visitante não durou muito porque o Robert, de grande penalidade, quis juntar-se ao baile.

Bom, 2-0 não vai ficar.

1-1 também não vai ficar. Pouco depois, o inteligente Taremi foi travado pelo pouco inteligente Vaná. Sérgio Oliveira, novo penálti, novo golo.

Uma primeira parte com três golos e quase nenhuma oportunidade. Dois desses golos de grande penalidade, pois. Lá está o dois.

Dois golos de vantagem conseguiu de novo o campeão, graças a dois golos de Taremi. Bis do finalizador. Bem tinham avisado que este jogador justificava níveis mais altos do que o Rio Ave. Esse aviso surgiu na época passada, pela voz de um conjunto de carvalhos minhoto.

Pouco, muito pouco se viu de uma equipa que estava a perder em casa. Apesar de Marchesín ter aparecido, e bem, na reta final do duelo. Mas pedia-se mais aos anfitriões.

Para quem gosta de ver equipas mais modestas a jogar bom futebol, olhar para este Famalicão deve ser uma desilusão. Lembrando o que se viu na temporada passada, obviamente. Nem parece a mesma equipa.

Pois…não é a mesma equipa: dos 16 atletas que alinharam neste jogo, há sete meses nenhum esteve em campo na vitória sobre os portistas.

Do outro lado, o controlo foi tal que até deu para controlar o plantel, enquanto se pensava já na receção aos amigos da Luz. E um dos novatos marcou um belo golo. Foi o João, que tem um homónimo mais a Sul.

Quatro. Terminou. Novamente lugar dois para o campeão. Igualado com o próximo adversário no campeonato, que é lugar três por causa dos golos.

E possivelmente 2 graus abaixo de zero no final do jogo. Futebol é modalidade de inverno. No verão, estabeleceram os ingleses, joga-se críquete.

 

Nuno Teixeira, ZAP //

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