Documentos divulgados pelo Governo irlandês mostram que a antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher considerou os planos da Comissão Europeia para a criação de uma moeda única como um “grande disparate”.
A líder conservadora, conhecida como Dama de Ferro, comparou a concessão de poderes de tributação à atribuição de soberania à Europa, revelam documentos de arquivo do Governo irlandês datados de 1990, citados pela BBC e pelo The Guardian.
“Ao falar de uma moeda única, [Jacques] Delors cometeu um grande disparate (…) Deve ter tido uma onda de sangue na cabeça“, disse a antiga primeira-ministra britânica, segundo notas registadas por Dublin agora divulgadas.
Jacques Delors foi presidente da Comissão Europeia e desempenhou um papel fundamental na conceção do euro e na criação do mercado único.
“Não vamos ter uma moeda única“, vaticinou Thatcher. Os documento revelam que em meados de junho de 1990 Thatcher encetava discussões com o então primeiro-ministro irlandês, Charles Haughey.
Durante estas conversas, a antiga primeira-ministra britânica manifestou o seu desagrado com o que considerava ser um exagero na atuação da Comissão Europeia, inspirando o crescimento do euroceticismo no seio do Partido Conservador britânico.
Thatcher pretendia, segundo revelam os documentos, transformar a Comissão Europeia num serviço público profissional, sem poder de iniciativa e cuja função passaria por servir o Conselho de Ministros Europeu que representava os Governos nacionais na Europa.
A governante disse ainda a Haughey que as diferenças culturais entre os estados membros da União Europeias sobre o mercado interno continuariam.
“Os italianos continuarão sem pagar impostos“, disse.
“Os dias dos comissários nomeados devem ser contados (…) Devemos dar poder ao Conselho de Ministros. Não estou a entregar autoridade a uma burocracia não eleita… Estou a ficar completamente farta com o facto de a comunidade europeia estar a tentar amarrar-nos com regulamentos burocráticos”.
Thatcher opôs-se também à criação de uma força policial europeia, segundo as anotações. De acordo com a emissora britânica, foi precisamente por causa da questão da Europa e das divisões que esta causou no Partido Conservador britânico que Thatcher acabou por deixar as suas funções como primeira-ministra, em novembro de 1990.
Margaret Thatcher governou durante onze anos e foi a primeira mulher a ocupar o cargo no Reino Unido.
Sara Silva Alves, ZAP: “A líder conversadora(??), conhecida como Dama de Ferro” ou CONSERVADORA? Ouvi dizer que a senhora gostava bem mais de conservas do que de conversar. 🙂 kkkk
Caro José,
Está corrigido.
Obrigada pelo seu reparo e pelas suas visitas.
E tinha toda a razão.
Concordo com ela a 100% e ela viu no que tudo isto daria com décadas de antecedência.
E a comissão não é representativa do povo… tinha TODA a razão!
Tiro-lhe o chapéu!
A Comissão não é representativa do povo nem pretende sê-lo. Os comissários são nomeados pelos governos dos diferentes países e são aceites ou não pelo Parlamento Europeu, e este, o Parlamento, é representativo dos povos da Europa.
O mesmo acontece em relação aos governos da Europa. Os governos não são eleitos pelo povo. Os eleitos pelo povo são os membros dos parlamentos e são os parlamentos quem indigita ou aceita os primeiro-ministos e os ministros. Apenas no caso do Reino Unido, o primeiro-ministro e todos os outros ministros, têm de ser membros do parlamento.
E não tinha qualquer razão.
Discordo dela a 100% ainda por cima se ela fala disto décadas antes de ter acontecido.
Os Tories (Conservadores) de que esta ave rara fazia parte, representam a oligarquia Britânica, para a qual isto da UE e do Euro é uma grande massada. Esta gente que esteve por trás da campanha Leave do Brexit, é uma cambada de vigaristas que foram já condenados em tribunal por ter infringido a Lei Eleitoral Britânica e por terem recebido dinheiro de oligarcas Russos para a campanha. O que estas elites Britânicas querem é tratar da vidinha deles à custa do povo e sem interferências da UE e das suas regras chatas anti-cartelização, anti-monopólios e anti-evasão fiscal. Tudo coisas que eram uma pedra no sapato de gente que gostaria que o Reino Unido fosse um paraíso fiscal.
Claro que tudo isto tem pernas curtas. O Brexit será um fracasso e num próximo governo Labour, Lib-Dem ou SNP, será certamente revertido, pois é um absurdo para o povo e só serve as elites macacas. Claro que o Reino unido irá levar uma mega cacetada económica com o Brexit. Será um desastre… E contra mim falo porque vivo lá.
Que a UE não é uma união perfeita é verdade, mas que os britânicos sempre estiveram com um pé dentro e outro de fora também é verdade, agora restará aguardar algum tempo para verificar quem afinal tem mais razão e temo muito que ela não esteja do nosso lado!
Claro… para esta Hitlerzinha (que ainda sonhava com o império britanico a roubar e a parasitar pelo mundo fora) tudo era um dispatate – a UE (CEE) também era um disparate – até ao dia em que o Reino Unido estava falido e foi a correr pedir para aderir à CEE!
Para pouco depois, quando já estavam mais folgados e, muito pela mão desta personagem, andaram a minar a EU até ao Brexit…
Se o RU aderisse ao Euro lá se ia boa parte da receita proveniente das lavagens de dinheiro da City Londrina!..
Lá se iam os biliões amealhados anualmente nas lavagens de dinheiro sujo dos milionários árabes, russos, indianos, chineses, africanos, etc, etc…
Boris Johnson está a ser considerado o político que ridicularizou a velha Europa, digo, a UE de franceses e alemães. O Reino Unido que se originou com a união do Reino da Escócia e do País de Gales ao entrar para o bloco da UE conservou certos interesses seus e particulares: moeda, política ,etc.. Ao entrar para o bloco tinha de exercer o seu direito de sair quando não achasse mais conveniente. Quando se entra numa sociedade, seja ela comercial , religiosa ou de nações o sócio tem que ter a sua liberdade de ação e zelar pelos seus interesses desde que não prejudique os seus associados. O BREXIT foi uma tomada de decisões ousada e oportuna. Não era mais possível conviver com a intolerância francesa e a arrogância germânica. Até os bávaros estavam se tornando impertinentes e os gregos usando a chantagem se aliando a russos. Problemas migratórios começaram a importunar o continente e as correntes migratórias a terem passagem livre pelo lado turco, Mediterrâneo e trazendo o flagelo para o outro lado do Canal da Mancha. O Eurotúnel passou a ser um problema para o Reino Unido, mas não era o mesmo com a França e os sócios do bloco. A Itália acomodava na Ilha de Lampedusa ,a França acomodava em Calais e a Grécia em suas ilhas adjacentes. E não parava de crescer o fluxo migratório. E para estancar os problemas que estavam surgindo no lado financeiro ( assunto secreto) o melhor era procurar a porta de saída. Vieram meses de lutas travadas no Parlamento, pois os Trabalhistas eram contra a saída. Boris Johnson mostrou a sua perspicácia e astúcia e em adiamentos e adiamentos foi costurando a vitória. Boris Johnson trasvestiu-se de Lisandro, grande Capitão espartano vencedor dos atenienses na Guerra do Peloponeso. O dia 01 de Janeiro de 2021 ficará na História – BREXIT . BREXIT. BREXIT, É o que pensa joaoluizgondimaguiargondim – [email protected] – –