O Governo não especifica uma data para a abertura de concurso aos fundos europeus. As empresas avisam que querem receber o dinheiro o quanto antes.
Os empresários exigem que o próximo ciclo de apoios europeus para 2021-2027 chegue já no primeiro trimestre do próximo ano. O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, diz ainda que o Banco de Fomento deve estar operacional nesse mesmo prazo.
Na semana passada, António Costa e Pedro Siza Vieira apelaram às empresas que começassem a preparar os seus projetos de investimento para se candidatarem aos concursos do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
No entanto, as empresas queixam-se de falta de informação.
“Neste contexto de incerteza, quem é que pode avançar com um projeto sem saber as condições de apoio a esse investimento?”, questiona o presidente da Associação Empresarial de Portugal, Luís Miguel Ribeiro, em declarações ao semanário Expresso.
Por sua vez, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços, diz que “é fundamental assegurar que as verbas cheguem a Portugal, algo que dificilmente deverá acontecer, em valores significativos, antes do verão”.
Embora o próprio Orçamento do Estado para 2021 já preveja operações específicas a contar com os fundos europeus que estão por vir, o Governo não se compromete com uma data para a chegada dos apoios às empresas.
“Estamos a trabalhar para que, até ao final de janeiro, seja possível concluir o trabalho com a Comissão, de forma a que o plano possa seguir para o Conselho, possa ser aprovado, e possamos iniciar a sua execução”, disse o primeiro-ministro António Costa.