Meghan Markle revelou que teve um aborto espontâneo em julho, contando a sua experiência traumática na esperança de ajudar outras pessoas.
A Duquesa de Sussex descreveu o aborto num artigo de opinião publicado hoje no jornal The New York Times, no qual escreveu: “Eu sabia, enquanto segurava o meu primeiro filho, que estava a perder o meu segundo filho”.
A ex-atriz e o marido, o príncipe Harry, têm um filho de 18 meses, Archie. Meghan, de 39 anos, explicou que estava a partilhar a sua história para ajudar a quebrar o silêncio em torno de uma tragédia muito comum.
“Perder um filho significa carregar uma dor quase insuportável, vivida por muitos, mas falada por poucos”, escreveu. Acrescentou ainda que “ao sermos convidadas a partilhar a nossa dor, damos os primeiros passos em direção à cura”.
Num relato surpreendentemente íntimo da sua experiência, a duquesa descreveu como a tragédia aconteceu numa “manhã que começou de forma tão normal como qualquer outro dia: Fazer o pequeno-almoço. Alimentar os cães. Tomar vitaminas. Encontrar a meia que falta. Apanhar o lápis de cera que rolou para debaixo da mesa. Apanhar o meu cabelo num rabo de cavalo antes de tirar o meu filho do berço”.
“Depois de lhe mudar a fralda, senti uma cãibra forte. Deixei-me cair para o chão com ele nos braços, a murmurar uma canção de embalar para nos manter calmos, uma música alegre que fazia um forte contraste com a minha sensação de que alguma coisa não estava bem”.
Mais tarde, descreveu a duquesa, “estava deitada numa cama do hospital, a segurar a mão do meu marido e senti a palma da mão dele húmida. Beijei-lhe os dedos, molhados das nossas lágrimas. Fiquei a olhar para as paredes brancas e frias, com os olhos vidrados. Tentei imaginar como nos curaríamos”.
Meghan Markle casou-se com Harry, neto da rainha Isabel II, numa grande cerimónia realizada no Castelo de Windsor em maio de 2018. O filho de ambos nasceu no ano seguinte.
No início deste ano, o casal anunciou que ia deixar os deveres reais e mudar-se para a América do Norte, argumentando com “as intrusões insuportáveis e as atitudes racistas da imprensa britânica”.
Recentemente, compraram uma casa em Santa Bárbara, na Califórnia.
ZAP // Lusa