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Erosão causada por tempestade tropical revela naufrágio do século XIX na Florida

Depois da tempestade tropical Eta arrebatar o norte da Florida no início deste mês, um banhista fez uma descoberta inesperada enquanto caminhava na costa de St. Augustine.

Ao caminhar pelas dunas de areia de Crescent Beach, Mark O’Donoghue avistou pedaços de madeira pertencentes a um barco que naufragou no século XIX. A conclusão foi tirada depois de uma equipa de investigadores ajudar a identificar vários naufrágios descobertos na região, revela um comunicado do Programa Arqueológico Marítimo do Farol de St. Augustine.

A equipa acredita que as madeiras são, muito provavelmente, pertencentes ao Caroline Eddy – um navio mercante americano. Contudo, esta hipótese ainda não foi confirmada, pois os investigadores garantem que ainda têm meses de pesquisas pela frente.

“Tudo o que vimos nele até agora encaixa-se nessa hipótese. Os restos parecem-se bastante com outros navios de 1800 que já tínhamos analisado”, revelou Chuck Meide, diretor da organização, no comunicado.

O furacão Eta deixou um rastro de destruição que se estendeu por vários países no início deste mês. A 3 de novembro, a tempestade atingiu a América Central como um furacão de categoria 4.

Segundo o National Park Service, em St. Augustine a tempestade causou marés altas extremas e originou algumas inundações costeiras e erosão da praia. A erosão levou à descoberta do naufrágio que os investigadores acreditam ser os restos do Caroline Eddy.

Meide afirmou à CNN que a equipa está no início das pesquisas, mas neste momento  alinham-se as pistas de que podem ser os destroços deste famoso barco. “Não encontramos nenhum outro candidato tão forte quanto Carolina Eddy”, disse o especialista.

A madeira está em muito bom estado. A areia acabou por a protegeu do ar e do sol”, referiu o investigador, que indica que isso pode facilitar as pesquisas.

Mais de 70% dos naufrágios históricos na Florida correspondem a navios mercantes que transportavam produtos de um porto para o outro ao longo da costa atlântica, dizem os especialistas.

A equipa continua a documentar e recolher amostras de madeira e do trabalho. Devido ao alto custo das escavações, os destroços não serão totalmente recuperados, realça o CNN.

Para preservar o local, a cidade isolou a zona onde foram encontrados os destroços e colocou placas para alertar os visitantes a não vaguearem na área.

ZAP //

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