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Cientistas reconstruiram explosão de Beirute através das redes sociais

Cientistas forenses recorreram a imagens partilhadas nas redes sociais para reconstruirem a explosão de Beirute, em agosto, que matou 191 pessoas.

A 4 de agosto, uma série de explosões causadas por 2.750 toneladas de nitrato de amónio destruíram o porto de Beirute, no Líbano, provocando 191 mortes, mais de 6.500 feridos e perto de 300 mil desalojados. Um estudo sugere mesmo que a maior explosão ocorrida neste dia foi uma das mais poderosas da História que não foi produzida por uma bomba nuclear.

Uma equipa de cientistas forenses recorreu a vídeos do evento partilhados nas redes sociais para reconstruir exatamente aquilo que aconteceu na capital do Líbano, incluindo a negligência que levou à tragédia, escreve o Gizmodo.

Graças aos smartphones e às redes sociais, o trabalho dos cientistas forenses está bastante facilitado em situações como esta. Anteriormente, para reconstruirem um evento destes, os cientistas teriam que analisar minuciosamente os detritos da explosão e, se tivessem sorte, contar com imagens de câmaras de trânsito ou segurança.

No entanto, nos dias de hoje, as explosões de Beirute foram vistas de inúmeros ângulos. Várias pessoas gravaram as explosões com os seus telemóveis e difundiram para o mundo inteiro através das redes sociais.

Os investigadores da Universidade de Londres agradecem. Os cientistas forenses criaram um vídeo de 12 minutos que pega em imagens partilhadas nas redes sociais para reconstruir a tragédia de Beirute.

Os resultados da sua investigação permitiu concluir aquilo que já se suspeitava. Seis anos antes, em outubro de 2014, cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio foram descarregadas nas docas e guardadas num armazém junto ao Porto de Beirute. Nesse mesmo armazém estavam também guardadas 23 toneladas de fogo de artifício, mais de mil pneus de automóveis e cinco rolos de cabo detonador que geraram a receita perfeita para o caos.

Fonte militar que solicitou o anonimato, disse à agência noticiosa espanhola EFE que os materiais estavam “armazenados ilegalmente” e que as equipas de peritos estão a destruí-los como medida de precaução, uma vez que se encontravam danificados na sequência das explosões, representando, por isso, um risco.

ZAP //

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