Sandro e Márcia Bernardo foram detidos no dia 10 de maio porque, segundo a investigação, terão matado a pequena Valentina no interior da casa. Por fim, terão abandonado o seu corpo numa floresta. O casal foi agora acusado pelo Ministério Público de homicídio.
Homicídio qualificado, profanação de cadáver e abuso e simulação de sinais de perigo. São estes os crimes pelos quais o pai e a madrasta de Valentina vão responder perante a Justiça, depois de serem acusados esta terça-feira pelo Ministério Público da morte da menina de nove anos, avança o Correio da Manhã.
O casal foi detido no dia 10 de maio porque, segundo a investigação, terão matado a filha e enteada no interior da casa, na Atouguia da Baleia, no dia 6 de maio. Depois, terão abandonado o seu corpo a cerca de nove quilómetros num eucaliptal.
Nos dias que se seguiram, o casal simulou o desaparecimento de Valentina, tendo mesmo sido levadas a cabo buscas para a encontrar. Terá sido o pai da criança a dar informações à PJ sobre o local onde se encontrava o corpo, embora não tivesse confessado o homicídio.
A autópsia à menina apontava para uma morte violenta, com lesões na cabeça e indícios de asfixia. Ao juiz de instrução a que foram presentes dias depois de serem detidos, Sandro Bernardo assumiu que bateu na filha, mas recusou ter qualquer responsabilidade na sua morte.
Já Márcia Bernardo culpou o marido, dizendo que, mesmo que quisesse, não podia ter ajudado Valentina. A madrasta garantiu que ela própria era alvo de violência e estava sob ameaça do companheiro, impossibilitada de impedir o que aconteceu ou de prestar qualquer cuidado à enteada depois das agressões.
Valentina foi torturada durante mais de 10 horas e morreu vítima de uma lesão craniana após Sandro a ter tentado estrangular.
Sandro e Márcia arriscam agora 25 anos de prisão pela morte da criança em maio passado.