Pai e madrasta de Valentina acusados de homicídio qualificado e profanação de cadáver

Paulo Cunha / Lusa

Inspectores da Polícia Judiciária acompanham o pai (D) de Valentina Fonseca, a menina de 9 anos que foi encontrada morta numa zona de mato.

Sandro e Márcia Bernardo foram detidos no dia 10 de maio porque, segundo a investigação, terão matado a pequena Valentina no interior da casa. Por fim, terão abandonado o seu corpo numa floresta. O casal foi agora acusado pelo Ministério Público de homicídio.

Homicídio qualificado, profanação de cadáver e abuso e simulação de sinais de perigo. São estes os crimes pelos quais o pai e a madrasta de Valentina vão responder perante a Justiça, depois de serem acusados esta terça-feira pelo Ministério Público da morte da menina de nove anos, avança o Correio da Manhã.

O casal foi detido no dia 10 de maio porque, segundo a investigação, terão matado a filha e enteada no interior da casa, na Atouguia da Baleia, no dia 6 de maio. Depois, terão abandonado o seu corpo a cerca de nove quilómetros num eucaliptal.

Nos dias que se seguiram, o casal simulou o desaparecimento de Valentina, tendo mesmo sido levadas a cabo buscas para a encontrar. Terá sido o pai da criança a dar informações à PJ sobre o local onde se encontrava o corpo, embora não tivesse confessado o homicídio.

A autópsia à menina apontava para uma morte violenta, com lesões na cabeça e indícios de asfixia. Ao juiz de instrução a que foram presentes dias depois de serem detidos, Sandro Bernardo assumiu que bateu na filha, mas recusou ter qualquer responsabilidade na sua morte.

Márcia Bernardo culpou o marido, dizendo que, mesmo que quisesse, não podia ter ajudado Valentina. A madrasta garantiu que ela própria era alvo de violência e estava sob ameaça do companheiro, impossibilitada de impedir o que aconteceu ou de prestar qualquer cuidado à enteada depois das agressões.

Valentina foi torturada durante mais de 10 horas e morreu vítima de uma lesão craniana após Sandro a ter tentado estrangular.

Sandro e Márcia arriscam agora 25 anos de prisão pela morte da criança em maio passado.

ZAP //

 

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