A pandemia veio mudar o mundo como o conhecíamos e o universo televisivo não foi diferente. Apesar da televisão portuguesa ter batido recordes anuais durante o período da quarentena obrigatória, as plataformas de streaming não ficaram esquecidas e foram ainda mais vistas do que a televisão tradicional.
Em março, o mundo transformou-se e o streaming não se deixou ficar indiferente. Plataformas como a Netflix, a HBO, a Hulu ou a Amazon Prime Video foram utilizadas por milhões de pessoas em redor do mundo, superando o consumo de televisão tradicional.
Segundo o portal Statista, no estudo Pandemia e Consumos Mediáticos, o confinamento fez subir o número de pessoas que vê conteúdos informativos (67% das pessoas) e fez com que as plataformas de séries e filmes fizessem parte de 51% do consumo televisivo. Os canais tradicionais, desde os generalistas ou por cabo, surgiram em terceiro lugar, com cerca de 45%. Em Portugal, a tendência de crescimento do streaming também se verificou.
O Barómetro de Telecomunicações da Marktest revela ainda que as duas plataformas principais no mercado português – a Netflix e a HBO Portugal – viram o seu número de subscrições crescerem em 800 mil utilizadores, o que significa que quase um milhão de portugueses decidiu aderir às plataformas, apenas entre fevereiro e abril de 2020.
Segundo o mesmo estudo, os mais jovens são os principais responsáveis pelo aumento de consumo de plataformas de streaming pagas. Entre os 16 e os 23 anos, o crescimento foi de cerca de 55,6% durante os primeiros meses do ano, um número não muito distante do registado pelas faixas etárias compreendidas entre os 24 e os 37 anos: 51,1%.
Já entre a população mais velha, dos 38 aos 56 anos, o crescimento foi de 39,7%, sendo que entre os mais velhos de 57 anos o crescimento não foi muito significativo, mas não deixou de contar com um quarto da faixa etária como utilizadores das plataformas.
No mundo digital, não foram apenas as plataformas de streaming que viram os seus números crescer. Plataformas de serviços de videoconferência também cresceram para números nunca antes vistos, com o teletrabalho e a telescola a tornarem-se obrigatórios para aqueles que não tinham outra opção. Aplicações como o Teams ou o Zoom cresceram estrondosamente, com utilizações por parte dos mais velhos e dos mais novos.