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Enfermeiros iniciam hoje greve de cinco dias. É um “grito de alerta”

No primeiro dia do estado de emergência, os enfermeiros iniciam uma greve que se estende até sexta-feira. Jorge Correia, dirigente sindical, diz que os “constrangimentos serão limitados”. 

Os enfermeiros iniciam, esta segunda-feira, uma greve de cinco dias. O protesto foi convocado pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros Portugueses (Sindepor) contra o desgaste e desmotivação destes profissionais e foi mantido apesar dos números mais recentes da pandemia.

A greve, que decorre entre hoje e sexta-feira, 13 de novembro, foi convocada a 23 de outubro e em declarações à Lusa nesse dia, o presidente do Sindepor, Carlos Ramalho, disse ter a certeza de que a população estará ao lado dos enfermeiros, que “têm feito muitos sacrifícios ao longo dos anos”.

“Mantemos a intenção da greve, obviamente que vai haver constrangimentos, mas pretendemos que sejam os mais limitados possíveis, nomeadamente no combate à pandemia de covid-19”, disse, por seu lado, Jorge Correia, do Sindepor, no final de uma audiência com o Presidente da República na semana passada.

Jorge Correia sublinhou que a paralisação de cinco dias “é mais do que uma greve, é um grito de alerta”, porque os enfermeiros “estão cansados, exaustos e desmotivados” e se há um consenso por parte da sociedade e dos partidos políticas sobre a importância dos profissionais de saúde “é essencial que isso se concretize em medidas”.

A greve está convocada para todo o território nacional, com exceção da região autónoma da Madeira.

Segundo o presidente do Sindepor, o sindicato exige o descongelamento das progressões da carreira, a atribuição do subsídio de risco para todos os enfermeiros e, sendo “uma profissão de desgaste rápido”, a aposentação aos 57 anos.

ZAP // Lusa

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