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“Inferno de Dante para nós, exagero para si”. Hospital italiano convida céticos da covid-19 a visitarem UCI

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Caroline Blumberg / EPA

O diretor do hospital de Rivoli, perto da cidade italiana de Torino, convidou os céticos do novo coronavírus (covid-19) a visitarem as unidades de cuidados intensivos (UCI) da unidade hospitalar que lidera.

O “convite” de Michele Grio é dirigido a todos aqueles que não acreditam que há pessoas a morrer por causa do novo coronavírus e que os hospitais não estão sobrecarregados.

“Não acreditam? Bem, o TourinGrio organiza visitas guiadas a UCI’s e enfermarias de covid-19 a partir de amanhã”, disse Grio, citado pelo The Independent, ironizando.

“Será um gosto ser o seu guia pessoal e conduzi-lo numa jornada muito agradável no que é para nós uma volta no inferno de Dante, mas um exagero para si”, disse ainda, dirigindo-se aqueles que alegam que as imagens de hospitais à beira da rutura são encenadas.

O mesmo responsável hospitalar disse ainda, continuando no tom de brincadeira, que as suas equipas usam equipamentos de proteção durante o exercício das suas funções nestas unidades, como macacões, máscaras e proteção para o calçado, mas frisou que os “visitantes” céticos não teriam acesso aos mesmos equipamentos.

Tal como na primeira vaga, e à semelhança do que está a acontecer um pouco por toda a Europa, os hospitais italianos estão a sentir novamente uma grande pressão no serviços por causa dos novos casos de covid-19.

Novas restrições à vista

Itália registou 22.253 novos contágios de covid-19 e 233 óbitos nas últimas 24 horas, anunciaram as autoridades italianas, que deverão confirmar ainda esta segunda-feira. novas restrições para combater a pandemia.

A redução de novos casos positivos tem sido normal às segundas-feiras, uma vez que se realizam menos testes ao domingo – nas últimas 24 horas, efetuaram-se 235.000 testes, contra os 183.000 de sábado. No total, desde o início da pandemia, em meados de fevereiro, Itália contabilizou 731.588 casos de contaminação com o novo coronavírus, tendo-se registado 39.059 mortes.

A pressão hospitalar no país continua cada vez maior, e dos atuais 296.512 pacientes, 21.862 estão hospitalizados (mais 1.021 do que domingo) e 2.022 estão internados em unidades de cuidados intensivos (mais 83).

Com estes números, o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, indicou esta segunda-feira que vai impor o recolher obrigatório a nível nacional a partir das 22:00, já em vigor nalgumas comunidades, ou a partir da meia-noite, noutras.

Temporariamente, aos fins de semana, serão igualmente encerrados museus, salas recreativas e centros comerciais. O decreto, que se aguarda seja aprovado na quarta-feira, definirá três áreas de risco e aplicará restrições mais ou menos severas numa determinada região em função dos dados epidemiológicos.

Nesse sentido, prevê-se que as restrições mais severas recaiam sobre algumas das cidades mais afetadas atualmente pela pandemia, como Milão, Turim e Génova.

ZAP //

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9 Comments

    • Para adeptos da pandemia do medo, ditadores, confinadores, comparem com os dados de Portugal tomando em consideração que a Itália tem 6 vezes mais população que nós. Reparem nas mortes de quem faz tudo bem…

        • Caro Cão, e se aprendesse a ler, não seria bom?
          E se se deixasse de egocentrismos e de tentar ofender os outros com palavras que nem sequer deve saber o significado, mas mostram grande cultura, não seria mais inteligente?

          • Caro Cão, e o resto, não pertence à frase?
            “adeptos da pandemia do medo”
            Afinal não sabe ler, mas sabe arrotar postas de pescada.
            Não me venha perguntar o que é “arrotar postas”.

        • Sempre ouvi dizer:
          Nunca discutas com um idiota, ele rebaixa-te a sua condição de idiotice e depois ganha-te por prática acumulada.
          Fica bem.

  1. A discussão de ceticos vs adeptos da pandemia do medo, aqui evocadas não tem interesse. ambas as partes deveriam compreender as razões para as pessoas tomarem posições tão extremas e distantes visto que a explicação é simples e o contexto é obvio. Deveriam também ambas as partes compreender que nenhuma é responsavel pelo virus e muito menos pelas consequencias para a saude publica e para a economia. Vamos precisar de tempo para ter uma vacina e tratamentos mais eficazes, menos mediatismo e menos propaganda de numeros, e tudo voltará ao normal (o virus a circular, pessoas a morrer mas a economia a recuperar e a saude publica de novo direcionada para as urgencias, operações, consultas e diagonosticos que se tem adiado. Bem hajam, tratem da vossa saude, e amem o proximo.

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