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Produtos de limpeza perfumados podem ser prejudiciais para a saúde

Os produtos de limpeza perfumados podem ser prejudiciais para a saúde, causando problemas que vão desde dores de cabeça e erupções cutâneas até asma, disfunção do sistema imunitário e problemas cardíacos.

A pandemia de covid-19 fez com que cada vez mais pessoas usassem produtos de limpeza para desinfetar superfícies e roupas. Alguns destes produtos, como lenços, sprays, detergentes, sabonetes e desinfetantes, são perfumados.

No entanto, um comentário de um especialista publicado na revista científica The Lancet analisou alguns dos melhores estudos sobre transmissão por contacto com superfícies e concluiu que os riscos de uma pessoa ser infetada pelo novo coronavírus por tocar em superfícies contaminadas são “exagerados”.

Especialistas dizem que muitos dos químicos nos produtos de limpeza perfumados estão associados a danos à saúde que vão desde dores de cabeça e erupções cutâneas até asma, disfunção do sistema imunitário e problemas cardíacos. Para piorar a situação, podem até mesmo contribuir para alguns riscos relacionados com a covid-19, escreve o Elemental.

Há muito tempo que os químicos que concedem um ar perfumado aos produtos preocupam os investigadores. “Uma fonte primária de poluentes do ar em interiores são os produtos de consumo com fragrâncias, como purificadores de ar e produtos de limpeza”, lê-se numa análise publicada recentemente na revista Air Quality, Atmosphere & Health

Produtos com fragrâncias ou perfumados referem-se tipicamente a uma mistura de até dezenas de químicos, que não têm de ser obrigatoriamente revelados.

Há uma lista com milhares de químicos aprovados para uso em produtos de consumo. Há dez anos, a lista incluía apenas um ftalato, enquanto hoje inclui vários. Os ftalatos são um tipo de substância química que estudos associaram a um risco elevado de cancro da mama, redução da fertilidade e asma.

“Algo que as pessoas ficam sempre admiradas ao saber é que apenas uma minoria dos produtos químicos nos produtos são testados exaustivamente quanto à toxicidade”, diz a investigadora do Silent Spring Institute, Robin Dodson.

“As empresas têm permissão para colocar produtos químicos em produtos que não foram totalmente avaliados quanto à segurança e, muitas vezes, esses produtos químicos só são sinalizados como prejudiciais após avaliação por cientistas independentes”, acrescentou.

ZAP //

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