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De cinco para zero: a formação do Benfica no 11 inicial

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António Cotrim / Lusa

Apresentação de Jorge Jesus como novo treinador do Benfica

O regresso de Jorge Jesus já fazia prever a diminuição do número de futebolistas locais na equipa do Benfica. Rúben Dias saiu e, em menos de um ano, o Seixal desaparece dos titulares.

5 de novembro de 2019: o Benfica joga em Lyon (3-1), na quarta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, e apresenta no 11 inicial os futebolistas Tomás Tavares, Rúben Dias, Ferro, Gedson e Florentino – todos formados no próprio Benfica.

26 de setembro de 2020: o Benfica recebe o Moreirense (2-0), na segunda jornada da liga portuguesa, e apresenta no 11 inicial Rúben Dias, o único representante da formação.

4 de outubro de 2020: o Benfica vai receber o Farense, na terceira jornada da liga portuguesa, e provavelmente vai apresentar zero jogadores formados no Seixal, no 11 inicial. Porque Rúben Dias é reforço do Manchester City.

Quando foi confirmado o regresso de Jorge Jesus à Luz, muitos comentadores e adeptos previram a mudança de estratégia, a mudança de prioridades – e a mudança de bandeiras nacionais presentes na equipa, tal como a diminuição de jovens formados no Benfica nas escolhas do treinador da equipa principal.

Os contextos são distintos. Rúben Dias saiu de Lisboa porque a necessidade de receitas é maior, devido ao falhanço na Liga dos Campeões. Tomás Tavares não entra nas prioridades de Jorge Jesus e tem jogado na equipa B. Ferro já tinha sido relegado para a lista de suplentes na época passada. Gedson e Florentino foram cedidos, na teoria, para regressarem ao Benfica mais tarde.

Benfica com 3, FC Porto com 6 e Sporting com 7

Anunciada muitas vezes, a aposta na formação do Benfica está muito discreta, agora. Pegando no exemplo mais recente, o duelo com o Moreirense, entre os 20 convocados por Jesus, só três sabem o que é jogar no Benfica desde criança: Rúben Dias, titular, e os suplentes Ferro e Nuno Tavares.

Também na segunda jornada da I Liga, o FC Porto teve seis futebolistas “da casa” no dérbi com o Boavista. Sérgio Oliveira foi titular e no banco estavam Diogo Costa, Diogo Leite, Romário Baró, João Mário e Fábio Vieira.

O Sporting, que jogou em Paços de Ferreira, tinha no total sete jogadores formados no próprio clube. Para o 11 inicial foram escolhidos Nuno Mendes, Tiago Tomás e Jovane Cabral, enquanto Eduardo Quaresma, Daniel Bragança, Bruno Paz e Joelson Fernandes também foram convocados.

NMT, ZAP //

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