Uma “onda” de pedras-pomes está a chegar à Austrália após uma longa viagem pelo Pacífico. As rochas vulcânicas produzidas na fase de ejeção dos gases contidos na lava, podem trazer um presente para o seu novo habitat: milhões de organismos construtores de recifes que poderiam beneficiar a Grande Barreira de Corais.
O enorme campo de pedras-pomes, composto por milhões de minúsculas pedras separadas, foi expelido em agosto de 2019 por um vulcão subaquático encontrado na costa noroeste da ilha de Vava’u em Tonga. A pedra-pomes é formada quando a lava líquida irrompe de um vulcão para o mar e arrefece de forma rápida, obtendo a sua estrutura porosa através de gases que borbulharam do magma espumoso.
O campo flutuante de pedra-pomes foi estimado em 167 km2, quase o dobro do tamanho de Lisboa, revela o IFLS.
Os cientistas já sabiam que este campo se dirigia para a Austrália, mas agora estão a chegar cada vez mais pedaços de pedra-pomes às praias de Queensland. Scott Bryan, professor da Queensland University of Technology, tem andado pelas praias em busca de pedra-pomes desde abril.
Bryan acredita que as pedra-pomes possam vir a reabastecer alguns dos recifes de coral da Austrália, trazendo novos corais saudáveis e outros materiais biológicos que as pedras agarraram no caminho.
Em comunicado, o professor explica que “cada pedaço de pedra-pomes é uma casa e um veículo para um organismo, e isso é simplesmente incrível. A diversidade de espécies que está a ser transportada ao longo dos milhares de quilómetros é fenomenal”.
Os cientistas identificaram “mais de 100 espécies diferentes presas à pedra-pomes – uma enorme diversidade de plantas e animais”, acrescentou Bryan.
No entanto, alguns cientistas são mais céticos quanto às propriedades vitais da “onda” de pedra-pomes que está a chegar. Rebecca Albright, bióloga de corais da California Academy of Sciences, disse à Scientific American em 2019 que “quando a pedra-pomes chegar à Austrália, há uma comunidade diversificada a viver nela”, mas que os corais podem não fazer parte dessa comunidade.
Embora Bryan também acredite que a pedra-pomes não será suficiente para salvar o conturbado recife da Grande Barreira, o professor acredita que pelo esta menos dê uma nova vida às costas da Austrália.
“É quase como uma injeção de vitaminas”, disse Bryan sobre a chegada das pedras, mas assume que o “só fluxo de pedra-pomes não consegue ajudar a mitigar diretamente os efeitos da mudança climática na Grande Barreira de Corais”.
Entretanto, vamos esperar que cheguem até há a nossa costa as de diamante!
E eu aqui precisando uma pros pés… Que jeito me dava viu… Agora já não vendem mais, é só sintética… Mas não é a mesma coisa!