Siiiii! Na noite desta terça-feira, Portugal venceu a Suécia por 2-0 e chegou aos seis pontos – os mesmos que a França – no Grupo 3 da Liga das Nações, competição que arrebatou a primeira edição.
De regresso às opções iniciais do seleccionador nacional, Cristiano Ronaldo esteve imparável: bisou, atingiu a marca dos 101 golos – em 165 partidas – com as cores nacionais e manteve os campeões europeus na rota da “final four” da competição.
O jogo explicado em números
- Na equipa que venceu e convenceu diante da Croácia, apenas uma mudança. O capitão Cristiano Ronaldo recuperou da lesão num dedo do pé direito e ocupou a vaga de Diogo Jota. Anthony Lopes continuou a ser aposta na baliza, deixando Rui Patrício no banco de suplentes.
- No primeiro lance de ataque e no primeiro remate do encontro, Marcus Berg, solto em zona frontal e em óptima posição, cabeceou e ficou a escassos centímetros de inaugurar o marcador.
- Ao minuto 20, a primeira jogada com início, meio e fim da turma nacional. Bernardo Silva cruzou, Danilo não conseguiu chegar à bola e Pepe, ao segundo poste, por pouco não acertou no alvo. Na sequência do lance o camisola dez, com queixas físicas, saiu de cena e foi substituído por Gonçalo Guedes.
- Cinco minutos volvidos, canto marcado por Bruno Fernandes e Cristiano rematou com perigo, obrigando Olsen, com os pés, a intervenção atenta, naquele que foi o primeiro tiro enquadrado dos campeões europeus. Aos 29, os mesmos protagonistas inverteram os papéis com CR7 a cruzar e o médio do Manchester United a levar perigo à baliza sueca. Nesta fase, Portugal tinha mais remates – cinco contra quatro -, 17 duelos ganhos para 12 dos suecos, 187 passes feitos em contraponto com os 157 contrários e 54% da posse de bola.
- Na melhor oportunidade, à passagem do minuto 40, João Cancelo desmarcou Cristiano Ronaldo, que fugiu à defensiva sueca e apenas foi travado por Olsen. Instantes depois, Danilo ameaçou de longe, mas a bola saiu à figura do guardião adversário. Em cima do intervalo, Svensson derrubou João Moutinho, viu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
- Na conversão do livre directo, em zona central, Cristiano Ronaldo assumiu as rédeas e, de forma irrepreensível, inaugurou a contenda, apontando o golo 100 com as cores da selecção das “quinas”.
- Foi melhor o resultado do que a exibição no final da primeira metade em Solna. Ao contrário do vendaval ofensivo que apresentou diante da Croácia, os detentores da Liga das Nações sentiram inúmeras dificuldades para se exibirem ao mais alto nível. A Suécia apresentou-se de forma organizada e teve mais iniciativa do que os croatas. Apenas a partir dos 20 minutos os comandados de Fernando Santos começaram a mostrar argumentos. O suspeito do costume era o MVP nesta fase com um GoalPoint Rating de 8.5, que realçava, além do tento apontado, quatro remates, três dos quais enquadrados ao alvo, apenas um passe falhado em 13 tentativas (92% de eficácia) e 25 acções com a bola. Bruno Fernandes e Olsen ocupavam o top-3 de jogadores com melhor nota na primeira metade do jogo.
- Em cima dos 60, a barra impediu o 2-0 que teria a assinatura de Bruno Fernandes. Com mais um elemento, a equipa portuguesa circulava a bola a toda a largura do terreno e tentava descobrir sempre o espaço para explorar. Em apenas 15 minutos, Portugal já contabiliza seis remates, três cantos, seis cruzamentos e 60% da posse de bola.
- Descaído sobre o lado esquerdo, Cristiano Ronaldo voltou a deixar a sua chancela numa obra de arte. Após o passe de João Félix, o capitão atirou em arco e carimbou um golo para ver e rever. Foi o tento 101 com as cores de Portugal e diante da Suécia chegou ao sétimo golo em sete partidas…
- Já sem CR7 em campo, ele que foi substituído por Diogo Jota, foi João Félix a aparecer, primeiro ao chegar atrasado a um cruzamento/remate de Bruno Fernandes e, pouco depois, de fora da área, a desferiu um “míssil” que apenas foi parado por Olsen.
- Sem brilhar, Portugal chegou aos 11 jogos de rajada sempre a marcar, alcançou o oitavo encontro sem perder na prova – cinco vitórias e dois empates –, saiu vencedor em nove dos últimos dez desafios que protagonizou e voltou a sorrir em solo sueco, depois de ter carimbado, em Novembro de 2013, o acesso ao Mundial 2014 com um “hat-trick” inesquecível de Cristiano.
O melhor em campo GoalPoint
Com total liberdade de movimentos, o capitão ora descaía sobre o lado esquerdo, recebia a bola de costas na zona central e fugia à marcação deslocando-se para o flanco direito. Houve Cristiano Ronaldo em dose dupla em Solna e, sem surpresas, foi o melhor elemento dentro das quatro linhas, com um GoalPoint Rating de 8.3.
CR101, o insaciável, foi responsável por sete remates – apenas menos um do que toda a selecção sueca conseguiu -, dois cruzamentos, dois passes falhados em 31 tentativas (94%), três passes progressivos certos, 50 acções com a bola, dois dribles certos em quatro tentados, mais uma exibição para não esquecer e o recorde de Ali Daei poderá ser batido a qualquer momento.
Jogadores em foco
- Bruno Fernandes 6.7 – Sem ser exuberante, foi o segundo melhor jogador em campo. Não teve a mira calibrada – apenas um remate enquadrado em quatro realizados -, mas conseguiu gizar uma ocasião flagrante de golo, sete passes progressivos correctos, sofreu duas faltas e voltou a afirmar-se com uma peça importante na zona de construção.
- Olsen 6.2 – Não fora o acerto do guarda-redes e o resultado poderia ter sido mais dilatado. Protagonizou seis intervenções, algumas das quais de elevado grau de dificuldade.
- João Cancelo 6.2 – A jogar assim, dificilmente perderá a titularidade no lado direito da defesa. Mais maduro, primeiro defende – duas intercepções e dois alívios – e só depois é que ataca e faz a diferença: quatro passes para finalização – o máximo do encontro -, seis cruzamentos, nove passes progressivos correctos e o máximo de acções com a bola no encontro: 114.
- Danilo Pereira 6.1 – Um dos esteios dos campeões europeus. Foi um tampão aos ataques contrários e soube transmitir segurança à equipa na fase de maior ascendente sueco. Acertou os seis passes longos tentados, fez três recuperações de bola e ainda tentou a sorte com um remate que saiu à figura de Olsen.
- Bernardo Silva 5.9 – Até ter sido “traído” por uma lesão muscular, estava a ser o melhor jogador da partida. Em 20 minutos, criou uma ocasião flagrante de golo, três cruzamentos, 15 acções com a bola e foi 100% eficaz nos dois dribles tentados.
Resumo
// GoalPoint
Valeu pelos golos quanto ao jogo,muito fraco.Mais parecia um jogo entre solteiros e casados.Tantos milhões em ”matraquilhos” que nada fazem para o que ganham.