Andreu Dalmau / EPA
É oficial. Lionel Messi decidiu ficar no Barcelona por mais um ano, cumprindo o que lhe resta do contrato. O argentino deixou duras críticas ao presidente do Barcelona, acusando-o de não cumprir com a sua palavra.
A saga da transferência de Lionel Messi parece ter chegado ao fim. Depois de várias voltas e reviravoltas, o argentino comunicou a sua decisão de continuar no clube. Numa entrevista exclusiva ao portal Goal, o jogador revelou todos os detalhes sobre a sua intenção de sair e deixou duras críticas ao presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu.
“Disse ao clube e ao presidente que queria sair. Disse durante o ano todo. Acho que o clube precisa de mais gente nova e acho que o meu tempo no Barcelona acabou. Foi um ano difícil, não se tratou do jogo contra o Bayern de Munique, foi uma decisão que já estava pensada há muito tempo. O presidente disse que no fim do ano poderia decidir se queria ir ou ficar, mas não manteve a sua palavra”, disse Messi.
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“Foi difícil decidir, claro. Sempre disse que queria terminar aqui a carreira, mas a verdade é que não há um projeto há muito tempo. Não há nada. Eles cobrem buracos à medida que as coisas vão acontecendo”, acrescentou.
Ainda esta sexta-feira, Lionel e Jorge Messi, pai e agente do jogador, emitiram um comunicado a negar a validade da cláusula.
“Não sabemos qual foi o contrato que analisaram e quais são as bases em que se apoiam para concluir que o mesmo contrato com uma cláusula de rescisão é aplicável no caso de um jogador decidir utilizar a extinção unilateral do mesmo, com efeito a partir da finalização da temporada desportiva de 2019/20. É óbvio que a indemnização de 700 milhões de euros previstos na cláusula de rescisão não é aplicável”, lê-se no comunicado.
A resposta da La Liga tardou pouco a chegar. Minutos depois de Lionel e Jorge Messi terem dado a cláusula de rescisão como inválida, a Liga reitera que há “uma interpretação descontextualizada e alheada da realidade do contrato realizado” por parte da defesa do internacional argentino.
Assim, apesar da refutação de Messi, a La Liga continua a dizer que a única forma do jogador sair é pagando a cláusula, alegadamente prevista no seu contrato com o Barcelona.
Desde há algum tempo que se falava na vontade de Messi em abandonar Camp Nou, mas o líder dos catalães mostrou-se inflexível. Bartomeu muniu-se da cláusula de rescisão para manter o jogador. O contrato previa que Messi informasse o clube até dia 10 de junho, caso pretendesse rescindir unilateralmente o contrato.
“O presidente diz que eu não disse nada até 10 de junho, mas nessa data estávamos a competir pela Liga no meio deste vírus que alterou as datas todas. É por isso que vou continuar no clube. A única forma de sair seria pagar a cláusula de 700 milhões de euros, e isso é impossível”, atirou.
Perante a reticência de Javier Tebas, Lionel Messi ficará então no Barcelona por mais um ano, até ao final do seu contrato. “Jamais iria para tribunal contra o clube da minha vida. Por isso, vou ficar no FC Barcelona”, disse Lionel Messi ao portal Goal.
“Vou continuar e a minha atitude não vai mudar, vou dar o meu máximo. Sempre quis ganhar, sou competitivo e não gosto de perder”, acrescentou.
Messi, ‘Bola de Ouro’ em seis ocasiões e ‘Bota de Ouro’ noutras tantas, comunicou em 25 de agosto ao FC Barcelona a sua intenção de sair, a custo zero, não tendo iniciado os trabalhos de pré-temporada da equipa agora comandada por Ronald Koeman.
